Brasil

Primo de Carlos Bolsonaro seria "olhos e ouvidos" do vereador no Planalto

Segundo a Secom, Léo Índio "não ocupa cargo em nenhum órgão da Presidência da República", apesar de circular em locais de acesso restrito

Carlos Bolsonaro: ao centro, o primo do vereador, Leonardo Rodrigues de Jesus (Instagram Carlos Bolsonaro/Reprodução)

Carlos Bolsonaro: ao centro, o primo do vereador, Leonardo Rodrigues de Jesus (Instagram Carlos Bolsonaro/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 12h39.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 12h41.

Brasília - Embora trabalhe na Câmara Municipal do Rio, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, tem uma espécie de representante no Palácio do Planalto, onde despacha seu desafeto Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Primo de 1.º grau de Carlos e um de seus auxiliares na estratégia de redes sociais da campanha eleitoral, Leonardo Rodrigues de Jesus, de 35 anos, rodeia o presidente desde a transição. Em Brasília, expandiu o livre acesso aos gabinetes do Planalto, mesmo sem ter cargo na Presidência.

Sobrinho do presidente, filho de uma irmã de Rogéria Nantes, uma das ex-mulheres de Bolsonaro, ele é conhecido como Léo Índio e é ligado a Carlos. A proximidade com a família presidencial fez com que transitasse sempre muito próximo do tio, chegando a ser confundido como um dos agentes da escolta de Bolsonaro.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou que Léo Índio "não ocupa cargo em nenhum órgão da Presidência da República". Apesar disso, ostenta um crachá amarelo da Presidência quando caminha em locais de acesso restrito do Planalto.

Nesta quarta-feira, 13, circulava no quarto andar, onde despacha o núcleo duro do governo. A desenvoltura gera desconfiança de assessores presidenciais, que veem no sobrinho do presidente uma espécie de "olhos e ouvidos" de Carlos.

A Secom não esclareceu o motivo de frequentar quase diariamente o Planalto. Ele chegou a participar de reuniões de autoridades com o governo de Minas, após o rompimento da barragem de Brumadinho. Segundo o Planalto, essa foi a única reunião que o "olheiro" de Carlos participou. A exemplo do primo, Leo Índio rechaça jornalistas.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroCarlos Bolsonaro

Mais de Brasil

Aprovação de Cláudio Castro sobe para 60,4% após operação, diz Futura

Moraes determina que governo do Rio preserve imagens das câmeras dos policiais após operação

'Vamos superar os US$ 10 bi', diz Haddad sobre meta de aporte para Fundo das Florestas

Leilão de R$ 2,5 bi da PPP de travessias de SP recebe quatro propostas