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Primeiro ano de alistamento feminino: Rio à frente e inscritas do exterior; veja ranking por estado

Número de mulheres interessadas em seguir carreira militar a partir do ano que vem supera em 23 vezes as 1.465 vagas disponíveis

Governo publicou regras para o alistamento militar feminino ( Divulgação Exército Brasileiro)

Governo publicou regras para o alistamento militar feminino ( Divulgação Exército Brasileiro)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 2 de julho de 2025 às 11h43.

Última atualização em 2 de julho de 2025 às 11h44.

O primeiro ano de alistamento feminino nas Forças Armadas somou 33.721 inscrições. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Defesa, um dia depois do fim do prazo para a postulação. O número de mulheres interessadas em seguir carreira militar a partir do ano que vem supera em 23 vezes as 1.465 vagas disponíveis.

As oportunidades estão divididas por Brasília e outros 28 municípios, espalhados em 13 estados. São 1.1010 vagas para o Exército, 300 na Aeronáutica e 155 para a Marinha.

De acordo com o ministério, cerca de um quarto das inscritas (8.102) são do Rio de Janeiro. Na sequência do ranking de candidaturas, vêm São Paulo (3.152), Distrito Federal (2.368), Amazonas (2.334) e Pará (2.164).

Veja o ranking:

  1. Rio de Janeiro: 8.102
  2. São Paulo: 3.152
  3. Amazonas: 2.334
  4. Distrito Federal: 2.368
  5. Pará: 2.164
  6. Rio Grande do Sul: 2.161
  7. Bahia: 2.029
  8. Minas Gerais: 1.930
  9. Pernambuco: 1.744
  10. Paraná: 944
  11. Ceará: 933
  12. Goiás: 768
  13. Santa Catarina: 715
  14. Mato Grosso do Sul: 722
  15. Maranhão: 528
  16. Rio Grande do Norte: 459
  17. Paraíba: 354
  18. Piauí: 337
  19. Espírito Santo: 311
  20. Mato Grosso: 300
  21. Rondônia: 271
  22. Roraima: 252
  23. Alagoas: 239
  24. Sergipe: 236
  25. Amapá: 144
  26. Acre: 123
  27. Tocantins: 87
  28. Outras 14 voluntárias se alistaram no exterior

Após a inscrição, o recrutamento contará com mais quatro etapas: seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação.

Quem permanecer será incorporada no primeiro ou segundo semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto), ocupando a graduação de soldado ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha. Essa é a data limite na qual as militares ainda podem manifestar o desejo pela desistência.

O público masculino, por sua vez, totalizou pouco mais de 1 milhão de alistados. A maior fatia veio de São Paulo, com 271.589 inscritos.

Aporte de R$ 2 milhões

Antes impedidas de fazer o alistamento ao completar maioridade, as jovens podem, a partir deste ano, de maneira voluntária, demonstrar formalmente o desejo de prestar o serviço militar, obrigatório aos homens ao fazer 18 anos.

Até então, as brasileiras só podiam ingressar nas Forças Armadas via concurso para suboficiais e oficiais. São apenas 37 mil mulheres na carreira, ou 10% do efetivo total.

Em janeiro, o Ministério da Defesa informou que as mulheres seguirão para quartéis que já tenham capacidade de recebê-las, com quartos, banheiros e mais políticas adaptadas.

Com investimento de R$ 2 milhões no próximo ano, a ideia é inserir ainda equipamentos de identificação facial e mais câmeras de segurança nos alojamentos, a fim de coibir casos de abuso e assédio.

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