Brasil

Primeira vacinada do Brasil recebe segunda dose contra a covid-19

Além dela, o padre Júlio Lancellotti, de 72, que é referência na proteção das pessoas em situação de rua, também foi imunizado

A enfermeira Monica Calazans, 54, recebeu a primeira dose de vacina contra a covid-19 no Brasil, no dia 17 de janeiro. (Amanda Perobelli/Reuters)

A enfermeira Monica Calazans, 54, recebeu a primeira dose de vacina contra a covid-19 no Brasil, no dia 17 de janeiro. (Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 14h08.

Mônica Calazans, enfermeira de 54 anos, que foi a primeira pessoa vacinada contra a covid-19 do Brasil, no dia 17 de janeiro, recebeu a segunda dose nesta sexta-feira, 12. A enfermeira trabalha há nove meses na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, na cidade de São Paulo.

A escola de Mônica para ser a primeira seguiu critérios estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunizações, com perfil de alto risco para complicações da covid-19. Ela é hipertensa e diabética. Além disso, virou um símbolo da campanha do governo de São Paulo por ser negra, moradora de Itaquera, bairro da zona leste da cidade de São Paulo.

Além dela, o padre Júlio Lancellotti, de 72, que é referência na proteção das pessoas em situação de rua, também foi imunizado na manhã desta sexta-feira, durante o início da fase da campanha que vai vacinar pessoas acima de 60 anos e que estão nas ruas.

“Foi um momento muito bonito, muito tocante. O início da vacinação da população de rua com mais de 60 anos. Eu acompanhei esse início de vacinação. São mais de 2,2 mil pessoas nesta faixa etária. Numa cidade como a nossa, tão cheia de contrastes, vacinar os irmãos de rua é um sinal de humanização”, disse o padre em entrevista ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Sem data para vacinação de idosos abaixo de 80 anos em SP

Apesar dos avanços no programa de vacinação, ainda não existem datas para vacinação de todos os idosos abaixo de 80 anos em São Paulo. Até agora o Brasil contratou doses para vacinar apenas um quarto da população prioritária contra covid-19 neste primeiro trimestre.

O cronograma de vacinação feito pelo estado de São Paulo, por exemplo, começou com profissionais de saúde, indígenas, quilombolas, além de idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência a partir de 18 anos que vivem em instituições de longa permanência. Na sequência vieram os idosos acima de 90 anos e na quarta-feira foi divulgado o mais recente cronograma, com datas para população entre 80 e 89 anos.

O governo paulista informou que um cronograma mais completo de vacinação será feito assim que o Ministério da Saúde assegurar novos repasses de vacina a São Paulo. De acordo com o governo federal, 2,1 milhões de doses já foram encaminhadas para o Estado de São Paulo, que tem a responsabilidade de repassar aos municípios, conforme necessidades e planejamentos locais.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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