Rio de Janeiro - A primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Rio 2016 impulsionou a venda de ingressos e os organizadores esperam um aumento de público nos próximos dias, embora algumas arenas, incluindo a de vôlei de praia em Copacabana, ainda sofram com arquibancadas vazias.
A judoca Rafaela Silva, que cresceu na Cidade de Deus, chorou na segunda-feira ao levantar sua medalha de ouro para a multidão enquanto o hino nacional era tocado.
"Não há nada melhor para venda de ingressos do que o país ganhar seu primeiro ouro", disse a repórteres nesta terça-feira o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mário Andrada.
"Brasileiros, como foi amplamente dito, são compradores de última hora, mas é impossível resistir quando você tem os Jogos em casa", disse.
Cerca de 100 mil novos ingressos foram comprados na segunda-feira, bem acima da média de 10 mil por dia por cerca de duas semanas antes do início da Rio 2016.
Por volta de 82 por cento dos bilhetes disponíveis para segunda-feira foram vendidos, acrescentou Andrada.
"Queria que tivéssemos feito isto antes, mas não estamos reclamando, estamos olhando para o futuro e vamos vender mais e mais", disse.
Um novo aumento no público pode ajudar a compensar um começo complicado, com organizadores admitindo nesta semana que somente a cerimônia de abertura, na sexta-feira, teve lotação máxima.
Até mesmo arenas icônicas, como a arena de vôlei construída ao lado do calçadão de Copacabana, tem sofrido com grande parte de assentos vazios.
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1. Olimpíada das mulheres
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1/10 (Getty Images)
São Paulo - A primeira edição das Olimpíadas modernas aconteceu em 1896 e contou com um total de zero atletas mulheres. Quatro anos depois, em 1900, elas eram 22. Já em 1904, pasmem, o número diminuiu e apenas seis guerreiras estiveram presentes. De lá para cá muita coisa mudou e no Rio de Janeiro elas chegaram em número recorde: são 5.185 garotas competindo! E elas não estão aí só para fazer número, não. Rafaela Silva que o diga! A judoca carioca garantiu, nessa segunda-feira (8), o primeiro ouro do Brasil nas
Olimpíadas de 2016. Orgulho total da garota que enfrentou a pobreza e o racismo para chegar onde chegou. E junto com ela, outras atletas também estão provando que "jogar como uma garota" é sinônimo de vitória! Confira aqui um time maravilhoso de mulheres que estão quebrando tudo.
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2. Rafaela Silva - Brasil (judô)
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2/10 (Kai Pfaffenbach/Reuters)
Lógico que o número 1 é dela, né? Nessa segunda-feira (8), Rafaela conquistou o primeiro ouro do país no Rio. E essa vitória é uma overdose de Brasil! A menina da Cidade de Deus (a famosa favela do Rio) começou a praticar judô aos nove anos, influenciada pelo pai, que queria ver ela longe das ruas. Hoje, aos 24, ela tem um ouro olímpico e outro conquistado no Mundial, em 2013.
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3. Seleção Feminina de Futebol - Brasil
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3/10 (Getty Images)
As meninas estão lavando a alma da torcida brasileira, que anda bem desacreditada frente aos fiascos que a seleção masculina coleciona há anos. No último sábado (5), elas venceram a Suécia por 5x0, despontando rumo à liderança do grupo (as suecas são as rivais mais forte da chave). Na estreia, as meninas também fizeram bonito, vencendo a China por 3x0 e, nesta terça (9), elas enfrentam a África do Sul também com grandes chances de vitória.
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4. Mayra Aguiar - Brasil (judô)
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4/10 (Getty Images)
Em 2014, Mayra se tornou a maior medalhista do judô brasileiro em campeonatos mundiais, contando homens e mulheres. Detalhe: ela tinha apenas 23 anos na época! Mas, antes disso, a garota já tinha quebrado outro recorde. Em 2010, ela tornou-se a maior medalhista do planeta no Campeonato Mundial Sub 20. Alguma dúvida de que a moça é destruidora mesmo? Em 2012, ela trouxe o bronze de Londres e tudo indica que a gente vai ver ela no pódio mais uma vez esse ano.
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5. Priscilla Stevaux Carnaval - Brasil (ciclismo BMX)
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5/10 (Divulgação)
Aos 22 anos, Priscila é o nome brasileiro mais bem posicionado no ranking do BMX mundial (em 18º lugar). E para quem gosta de falar "bota ela na competição masculina para ver o que acontece" aí vai uma informação: a garota realmente compete contra homens nos campeonatos nacionais. Dá para imaginar o volume das male tears, né?
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6. Yusra Mardini - Síria (natação)
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6/10 (Robertson/Getty Images)
Aos 18 anos, a garota síria é a atleta mais jovem da delegação dos refugiados. E em 2015, ela ajudou a salvar um grupo de refugiados que cruzavam o Mar Mediterrâneo! Rumo à Grécia, o barco em que ela estava começou a afundar e, junto com a irmã Sarah, Yusra foi uma heroína! As duas nadaram durante três horas e meia para salvar a embarcação. Em sua estréia como atleta olímpica, a garota ficou longe de se classificar nos 100 m borboleta, mas ela é, sem dúvida, uma vencedora!
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7. Margret Rumat Rumar Hassan - Sudão do Sul (atletismo)
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7/10 (Reprodução)
Ela é a primeira atleta da história a representar oficialmente o Sudão do Sul nas Olimpíadas (Margret compete pelo país, mas também há conterrâneos dela na delegação dos refugiados). Ela tem 19 anos e irá correr os 400 metros rasos no Rio de Janeiro. Além de fazer história no esporte, ela também virou garota propaganda da Samsung, em um comercial absolutamente emocionante.
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8. Majlinda Kelmendi - Kosovo (judô)
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8/10 (Getty Images)
A moça conquistou a primeira medalha olímpica da história Kosovo e já foi um ouro de cara! Só que a história de superação dela não se limita ao reconhecimento no esporte, pois Majlinda nasceu e cresceu em meio à guerra. A situação no Kosovo é tão complexa que o Comitê Olímpico Internacional (COI) só reconheceu sua filiação em 2014 e essa é a primeira vez que o país participa da competição. "Sou uma sobrevivente de guerra, assim como meu povo. Várias crianças do Kosovo perderam seus pais. Muitas crianças não têm livros para ir para uma escola. E eu virei campeã olímpica vindo desse país. Mesmo sem dinheiro, mesmo sem estrutura você pode acreditar em si mesmo e trabalhar muito duro para atingir seus sonhos", disse ela em entrevista ao Globo Esporte.
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9. Julie Brougham - Nova Zelândia (hipismo)
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9/10 (Getty Images)
Ela é a atleta mais velha dessas Olimpíadas, aos 62 anos, e compete na categoria de adestramento individual. Julie pratica hispismo há mais de 50 anos e essa é a primeira vez que ela participa de uma Olimpíada. Mesmo se a neozelandesa não levar nenhuma medalha para casa, ela certamente já é campeã em perseverança!
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10. Falando no assunto...
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10/10 (Marko Djurica/Reuters)