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Previdência depende totalmente de situação no RJ, diz Meirelles

O ministro da Fazenda anunciou que a reforma só será votada após o fim da intervenção militar no Estado

Intervenção: questionado se a votação da proposta deve acontecer ainda neste ano, Meirelles não deu certeza (Tânia Rêgo/Reuters)

Intervenção: questionado se a votação da proposta deve acontecer ainda neste ano, Meirelles não deu certeza (Tânia Rêgo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 06h50.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a reforma da Previdência vai ser votada logo após o fim da intervenção militar no Rio.

"A minha avaliação, do presidente (Michel Temer) e do ministro (Carlos) Marun é de que temos uma reforma da Previdência que vai ser votada apenas após se encerrar a intervenção", disse o ministro, em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, na noite desta quinta-feira, 22.

Questionado se a votação da proposta deve acontecer ainda neste ano, Meirelles não deu certeza. "Vai depender totalmente da questão do Rio de Janeiro. Se o problema agudo de segurança for solucionado para que a intervenção seja encerrada para ser votada a reforma ainda em 2018, ótimo. Agora, se o Rio demandar mais tempo de intervenção, a reforma da Previdência vai ser feita no próximo governo", explicou.

Apesar da intervenção já estar em andamento, Meirelles disse que o governo ainda não tem uma estimativa de gastos com a operação, mas reforçou que não será necessária a criação de um novo imposto.

"Não há previsão de impacto no Orçamento do governo com a intervenção no Rio. A meta será cumprida nesse ano e sem nenhuma alteração", disse.

Meirelles admitiu problema de comunicação na apresentação das propostas lançadas pelo governo, logo após a paralisação da Previdência, que não seriam "uma lista de novos projetos".

O anúncio criou um atrito com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que chegou a chamar as medidas de "café velho e frio". "É uma discussão legítima. Mas o importante é que são projetos prioritários, importantes e a maior parte deles já está em andamento no Congresso", disse.

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