Michel Temer: dos 300 deputados convidados, compareceram 180, em mais um sinal de que as coisas estão difíceis para o Planalto
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2017 às 07h07.
Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 09h07.
A quinta-feira de mais negociações para o governo tentar formar uma improvável maioria para aprovação da reforma da Previdência na Câmara.
Na noite de ontem, Michel Temer apresentou uma proposta mais enxuta em jantar com deputados e economistas, tentando a cartada final para levar a reforma a ferro e fogo.
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Dos 300 deputados convidados, compareceram 180, em mais um sinal de que as coisas estão difíceis para o Planalto.
Muitos dos pontos da proposta, divulgada pelo relator Arthur Maia (PPS-BA) durante reunião com lideranças da Câmara no jantar no Palácio da Alvorada, já haviam sido adiantados durante a tarde pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Meirelles afirmou que a nova proposta da reforma da Previdência representará 60% da proposta original do governo.
O projeto inicial previa uma economia nos gastos com aposentadorias de pouco menos de 800 bilhões de reais em dez anos.
A nova proposta, portanto, deve gerar uma economia de pouco menos de 480 bilhões de reais no período. Pela proposta, o trabalhador terá que contribuir por 40 anos para ganhar aposentadoria integral.
Pressionado, Temer evitou se comprometer com uma data para votação da reforma previdenciária e disse que iniciará a contagem na base aliada e colocará a proposta em votação apenas quando alcançar uma margem segura acima do mínimo de 308 votos. O (ainda) principal partido da base aliada, o PSDB, decidiu não fechar posição em torno da proposta.
Ainda ontem, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), afirmou que a proposta, mesmo enxuta, não tem nem 100 dos 308 votos necessários.
Virar o jogo vai ser uma tarefa hercúlea mesmo para um governo que já deu reiteradas demonstrações de força no Congresso.