Brasil

Prevenção da malária no Amazonas terá observatório

O projeto está sendo desenvolvido por pesquisadores amazonenses, do Amapá, e da Guiana Francesa


	Malária: sítio vai ter capacidade para recolher informações e transmitir dados em tempo real sobre o clima e a doença
 (HO/AFP)

Malária: sítio vai ter capacidade para recolher informações e transmitir dados em tempo real sobre o clima e a doença (HO/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 13h59.

As ações de prevenção da malária em áreas de fronteira do Amazonas poderão contar futuramente com a ajuda de um sítio sentinela, uma espécie de observatório.

O projeto está sendo desenvolvido por pesquisadores amazonenses, do Amapá, e da Guiana Francesa. O sítio vai ter capacidade para recolher informações e transmitir dados em tempo real sobre o clima e a doença.

Segundo o coordenador do estudo no Amazonas, Ricardo Augusto Passos, a inspiração para a construção do observatório surgiu de um projeto firmado entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa, que permitiu a construção de sítios sentinela na fronteira entre as duas regiões.

No Amazonas, de acordo com o pesquisador, a ideia é instalar os equipamentos no município de Tabatinga, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru.

“Nós temos uma tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia, em Tabatinga. É uma região com muitos casos de malária, uma região em que ocorrem casos nos três países. A ideia de ter esse sítio sentinela é de monitorar esses dados, a ocorrência deles em tempo real, para que a gente possa subsidiar as ações de controle das autoridades locais”, explicou Passos.

Segundo ele, a transmissão de dados, em tempo real, pela internet, é um dos principais desafios do projeto.

“Temos problemas com a conexão do Amazonas pela internet. Às vezes, ela oscila muito, fica sem sinal. Como o projeto prevê o envio de dados em tempo real para alimentação do Observatório Brasileiro de Clima e Saúde na Fronteira, localizado no servidor da Fiocruz, isso é um desafio. De qualquer forma, a gente acredita que vai ser possível, alguns testes já foram realizados”, afirmou o pesquisador.

O projeto é desenvolvido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, com as fundações de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), do Amapá (Fapeap) e com a França, por meio da embaixada no Brasil.

Ainda não há previsão para a conclusão do estudo. O pesquisador informou que aguarda a liberação de recursos para desenvolver, ao longo de 2016, as atividades de mapeamento na fronteira.

Ricardo Passos disse ainda que já houve uma reunião entre todos os pesquisadores brasileiros e franceses envolvidos no projeto para definir uma agenda de planejamento do trabalho.

Acompanhe tudo sobre:AmazonasDoençasEpidemiasMaláriaSaúde

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto