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Preso, Pezão é levado do palácio para a Polícia Federal

A prisão de Pezão é decorrente da delação premiada de Carlos Miranda

Governador do Rio: a operação que prendeu Pezão é chamada de Boca de Lobo (Ueslei Marcelino/Reuters)

Governador do Rio: a operação que prendeu Pezão é chamada de Boca de Lobo (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 08h50.

Última atualização em 21 de dezembro de 2018 às 12h14.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi levado preso às 7h30m do Palácio Laranjeiras para o prédio da Polícia Federal (PF), no centro do Rio de Janeiro.

Agentes da PF chegaram por volta das 6h ao palácio. Além da residência oficial do governador, a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão no Palácio Guanabara e na residência de Pezão, no município de Piraí. A operação é chamada de Boca de Lobo.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Pezão recebeu cerca de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015. Em valores atualizados, seriam R$ 39 milhões. "Valor absolutamente incompatível com o patrimônio do emedebista declarado à Receita Federal", disse o MPF.

Mesada e 13º salário

O dinheiro teria saído de empreiteiras e de empresas fornecedoras do governo. Além de Pezão, outras oito pessoas tiveram prisão preventiva decretada e 30 mandados de prisão estão sendo cumpridos.

Entre elas, José Iran Peixoto Junior, secretário de Obras. Pezão foi secretário de Obras no governo de Sérgio Cabral, que se encontra preso.

A prisão de Pezão é decorrente da delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sergio Cabral, e que, após dois anos detido em Benfica, passou ao regime de prisão domiciliar na semana passada.

Segundo Miranda, Pezão recebia uma mesada de R$ 150 mil mensais (em espécie), 13º salário e dois bônus de R$ 1 milhão.

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