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Preso na Suíça, executivo da Odebrecht volta para colaborar

Miggliaccio da Silva foi considerado tanto em Berna quanto em Brasília uma peça-chave no esquema de propinas montado pela empreiteira

Odebrecht: sua prisão e seu retorno aceleraram outros acordos de delação premiada (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Odebrecht: sua prisão e seu retorno aceleraram outros acordos de delação premiada (REUTERS/Rodrigo Paiva)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 08h34.

Genebra e Brasília - Um dos principais responsáveis pelo Setor de Operações Estruturadas - conhecido como o "departamento de propinas da Odebrecht" - voltou ao Brasil de forma "voluntária" para negociar um acordo de delação premiada meses após ser preso na Suíça.

Fernando Miggliaccio da Silva, ex-executivo do grupo, foi considerado tanto em Berna quanto em Brasília uma peça-chave no esquema de propinas montado pela empreiteira.

Sua prisão e seu retorno aceleraram outros acordos de delação premiada entre os executivos da construtora. Em menos de três meses, ele foi interrogado no país europeu em pelo menos oito ocasiões.

Com a Operação Lava Jato em curso, o executivo se mudou para os Estados Unidos, no segundo semestre de 2014, com apoio financeiro do grupo Odebrecht. Em fevereiro deste ano, porém, ele foi preso na Suíça sob a "forte suspeita" de corrupção e ao tentar esvaziar contas.

Migliaccio voltou ao Brasil após negociar o acordo de delação premiada. Na 35ª fase da Lava Jato, em setembro deste ano, o executivo foi denunciado por lavagem de dinheiro. "O empregado da Odebrecht que foi preso na Suíça retornou voluntariamente ao seu país, depois de ser liberado de prisão", indicou o Ministério Público da Suíça.

A Procuradoria do país europeu pediu a colaboração oficial do Panamá nas investigações. O ex-executivo da Odebrecht seria o administrador de uma conta por onde cerca de US$ 50 milhões teriam passado para pagar propinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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