Brasil

Preso da Lava Jato pede a Moro para votar no 2º turno

O executivo Rogério Santos de Araújo, ligado à empreiteira Odebrecht e condenado a 19 anos e quatro meses na Lava Jato, votaria no Rio de Janeiro

Odebrecht: o documento registra que Araújo votou no 1.º turno das eleições, em 2 de outubro, "sem nenhuma intercorrência" (Vanderlei Almeida/AFP)

Odebrecht: o documento registra que Araújo votou no 1.º turno das eleições, em 2 de outubro, "sem nenhuma intercorrência" (Vanderlei Almeida/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2016 às 14h54.

São Paulo - O executivo Rogério Santos de Araújo, ligado à empreiteira Odebrecht e condenado a 19 anos e quatro meses na Lava Jato, pediu autorização ao juiz federal Sérgio Moro para deixar a prisão domiciliar domingo para votar no 2.º turno da eleição municipal do Rio.

O pedido foi enviado a Moro nesta quinta-feira, 27. O magistrado ainda não decidiu.

Rogério Araújo está custodiado sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. O executivo foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato.

"O peticionário encontra-se em cumprimento de prisão domiciliar, bem como sob monitoramento por tornozeleira eletrônica em tempo integral. Entretanto, permanece em pleno gozo do seu direito a voto, uma vez que sua prisão tem caráter preventivo, e, portanto, não suspende seus direitos políticos, nos termos do artigo 15, inciso III da Constituição Federal", afirma a defesa, a cargo dos advogados Camila Vargas do Amaral e Felício Nogueira Costa.

O documento registra que Araújo votou no 1.º turno das eleições, em 2 de outubro, "sem nenhuma intercorrência".

Rogério Araújo foi preso com seus colegas de Odebrecht, Marcio Faria e Marcelo Bahia Odebrecht, em 19 de junho de 2015 quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, 14.ª fase da Lava Jato.

Após mais de dez meses preso em Curitiba, base da operação, o Supremo Tribunal Federal (STF) substituiu em abril deste ano o regime preventivo pela prisão domiciliar, com sete medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2016Novonor (ex-Odebrecht)Operação Lava Jato

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho