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Presídios do RJ podem ficar sem alimentos devido a dívidas

Representantes das empresas que fornecem diariamente alimentação ao sistema prisional do RJ anunciaram a possibilidade de interrupção do serviço

Prisão: "do ponto de vista econômico, não temos mais como absorver os impactos de tamanho atraso nos pagamentos", diz nota (Getty Images)

Prisão: "do ponto de vista econômico, não temos mais como absorver os impactos de tamanho atraso nos pagamentos", diz nota (Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 19h06.

Representantes das empresas que fornecem diariamente alimentação ao sistema prisional do estado do Rio de Janeiro anunciaram hoje (20), a possibilidade de interrupção do serviço para os presídios fluminense, caso o governo não quite as dívidas com o setor.

"Por força do atraso de mais de oito meses nos pagamentos, já não conseguimos mais suportar o peso da inadimplência que se avoluma mês a mês", diz carta pública endereçada ao governador do estado do Rio de Janeiro, Fernando Pezão, e o secretário de estado de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro Costa Filho.

Assinada pelo diretor executivo da Associação das Empresas Prestadoras de Serviço do Estado do Rio, José de Alencar, o texto expõem que mesmo depois das empresas terem reduzido o preço das refeições, por meio de decreto, os atrasos nos pagamentos se acumularam.

Alencar diz ainda que as empresas tiveram que fazer empréstimos bancários, "a taxas estratosféricas", para receber parte do que o governo devia.

"Do ponto de vista econômico, não temos mais como absorver os impactos de tamanho atraso nos pagamentos, e tampouco de financiar esse déficit do Estado", diz a nota.

"Sofremos também as consequências dos atrasos nos pagamentos dos salários dos funcionários, bem como do 13º salário e demais benefícios, havendo já indícios de paralisação (greve) iminente em nossas unidades. Com a proximidade das festas de final de ano, as pressões por salários e benefícios se intensificaram, com desfechos imprevisíveis para as nossas operações".

Segundo o texto, caso nada seja feito, as consequências serão de responsabilidade exclusiva do governo do estado.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária respondeu por e-mail que "está se empenhando junto à Secretaria de Estado de Fazenda para regularizar o pagamento do débito em atraso".

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