Brasil

Presidente do TST defende limitações para a terceirização

Para evitar grandes distorções salariais, por exemplo, a sugestão é que os vencimentos dos terceirizados não sejam inferiores a 80% do salário dos concursados


	Plenário da Câmara dos Deputados: o projeto ampliará a terceirização para todos os setores, inclusive nas vagas relacionadas à atividade-fim das empresas contratantes
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Plenário da Câmara dos Deputados: o projeto ampliará a terceirização para todos os setores, inclusive nas vagas relacionadas à atividade-fim das empresas contratantes (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 14h37.

Brasília - O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Antônio José de Barros Levenhagen, disse hoje (13) que é contrário a proposta que trata de novas regras de terceirização, matéria apreciada pela Câmara dos Deputados. Ele participou nesta segunda-feira de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre o Projeto de Lei 4.330/2004 que trata do assunto.

Ao ressaltar que não estava falando como presidente do TST, mas como cidadão, o magistrado defendeu que o Congresso estabeleça tetos para a terceirização, como o de 30% dos prestadores de serviços de uma empresa possam ser terceirizados.

Para evitar grandes distorções salariais, Levenhagen sugeriu que os vencimentos dos terceirizados não possam ser inferiores a 80% do salário dos empregados concursados.

Sob protestos de trabalhadores filiados a várias centrais sindicais, na semana passada, o texto-base da proposta foi aprovado pela Câmara dos Deputados, que antes de enviá-lo ao Senado, precisa votar os pontos mais polêmicos da proposta, que foram destacados.

Se aprovado, o projeto pode ampliar a terceirização para todos os setores, inclusive nas vagas relacionadas à atividade-fim das empresas contratantes. Atualmente, a terceirização só é permitida para as atividades-meio, como limpeza e segurança, por exemplo

Acompanhe tudo sobre:gestao-de-negociosLegislaçãoSaláriosTerceirização

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP