Edson Fachin: ministro disse estar preocupado com a segurança de membros da sua família porque eles estão sendo alvos de ameaças (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de março de 2018 às 20h23.
Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, já tinha determinado o aumento na equipe de agentes que fazem a escolta do ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato, antes mesmo de vir a público notícia em que ele relata ter recebido ameaças, segundo comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação Social do STF na noite desta terça-feira.
Em entrevista que concedeu ao jornalista Roberto D'Ávila, cuja íntegra vai ao ar nesta noite, Fachin disse estar preocupado com a segurança de membros da sua família porque eles estão sendo alvos de ameaças.
Segundo o extrato divulgado da entrevista, o ministro do STF não detalhou de quem partiu e em que circunstâncias ocorreram as ameaças. Ele disse ter feito solicitações à presidente do Supremo e à Polícia Federal sobre o assunto, mas "nem todos os instrumentos foram agilizados".
Segundo a Secretaria de Comunicação do Supremo, Cármen Lúcia disse ter tomado cinco providências, em relação às demandas de Fachin referentes ao aumento da sua segurança pessoal e da família, antes de vir a público a notícia nesta terça.
Uma delas foi ter deslocado para Curitiba duas delegadas da PF, especializadas em segurança para todos os casos de magistrados ameaçados no país, para verificação de quais as melhores e mais eficazes providências deveriam ser tomadas, o que foi realizado.
Outra providência foi ter autorizado "o aumento do número de agentes para escolta permanente do ministro Fachin por servidor do setor de segurança do Supremo, além dos que já o acompanhavam em seus deslocamentos".
Uma terceira iniciativa foi também ter autorizado que o uso de segurança do ministro do Supremo, em Curitiba, possa deslocar-se também para acompanhamento de familiares por ele indicados.
Uma quarta providência foi determinar à Diretoria Geral do STF para examinar e dotar providências para aumento de número de seguranças para a família do ministro Fachin em Curitiba, conforme por ele solicitado.
Por último, a presidente da corte encaminhou ofício indagando a todos os ministros do STF sobre a necessidade de alteração e aumento do número de agentes de segurança para, se for o caso, a tomada das providências cabíveis.