Brasil

Presidente do STF alerta para "grave crise de legitimidade"

Barbosa declarou que as manifestações nas ruas significam que o Brasil "está cansado de reformas de cúpula" que atendem apenas "interesses específicos"


	Barbosa se recusou a pronunciar-se sobre a proposta da presidente de convocar um plebiscito para a constituição de um Assembleia Constituinte que delibere sobre uma reforma política que há anos tramita no Congresso
 (Elza Fiuza/ABr)

Barbosa se recusou a pronunciar-se sobre a proposta da presidente de convocar um plebiscito para a constituição de um Assembleia Constituinte que delibere sobre uma reforma política que há anos tramita no Congresso (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 19h25.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse nesta terça-feira que, embora a democracia "não esteja em risco" com os protestos que ocorrem há duas semanas, o país está imerso em uma "grave crise de legitimidade".

Em entrevista coletiva após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, Barbosa declarou que as manifestações nas ruas significam que o Brasil "está cansado de reformas de cúpula" que atendem apenas "interesses específicos".

"Há uma clamorosa necessidade de incluir o povo em todas as discussões" e "entender" que as autoridades "não podem decidir mais de costas à sociedade", afirmou o magistrado.

Barbosa se recusou a pronunciar-se sobre a proposta da presidente de convocar um plebiscito para a constituição de um Assembleia Constituinte que delibere sobre uma reforma política que há anos tramita no Congresso.

No entanto, disse que "um presidente está entre os que podem propor uma emenda constitucional com as reformas que acreditam ser necessárias", e pode fazê-lo inclusive impulsionando um plebiscito, embora sua convocação depois corresponda ao Congresso.

Também sustentou que seria "legítimo" que uma reforma política seja proposta por caminhos alternativos ao Congresso, que debate o assunto há mais de 15 anos e demonstrou que "não tem nenhum interesse nessa reforma".

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