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Presidente do PT quer bloco de esquerda para comandar Câmara

Presidente do PT Rui Falcão pediu união da oposição para eleger presidente na Câmara. Partido ainda não definiu posicionamento nas eleições

Rui Falcão: presidente do PT divulgou posicionamento em nota a jornalistas (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

Rui Falcão: presidente do PT divulgou posicionamento em nota a jornalistas (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2017 às 14h45.

Última atualização em 29 de janeiro de 2017 às 16h31.

Brasília - O presidente do PT, Rui Falcão, defendeu hoje que o partido se una a parlamentares da oposição e forme um bloco nas eleições para a presidência da Câmara. A candidatura seria encabeçada, conforme a proposta de Falcão, por um dos parlamentares do bloco de oposição, a ser formado por PT, PDT, PC do B, Rede e Psol. A opinião do dirigente quanto à posição que deve ser adotada pelo PT foi divulgada hoje a jornalistas, por meio de nota.

O posicionamento de Falcão surge em meio a discussões, dentro do PT, sobre qual candidato o partido deve apoiar. O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), vinha sinalizando a possibilidade de apoio à reeleição do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para ele, isso abriria espaço para o PT ocupar cargo na Mesa Diretora e poder garantir margem política para o partido enfrentar o governo.

As bancadas do PT, no entanto, vêm sofrendo pressão de militantes, que consideram um contrassenso o apoio a Maia - parlamentar do DEM que votou pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff e hoje faz parte da base de apoio ao presidente Michel Temer.

Em sua nota, Rui Falcão lembrou que a resolução mais recente do Diretório Nacional do PT não traz vetos ao "prosseguimento das conversações que vinham se realizando pelas bancadas, com todos os postulantes à direção das Casas congressuais". "Eis aí o foco principal da divergência que, a nosso ver, provocou o movimento de contestação e de pressão sobre as bancadas, a quem competirá a decisão final, por consenso ou maioria", acrescentou.

Ao mesmo tempo, Falcão afirma que a resolução do Diretório Nacional contempla a alternativa de formação de um bloco de oposição. "Minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e Psol) num bloco a ser encabeçado por alguém deste campo", defendeu Falcão.

Deste grupo, o PDT lançou oficialmente a candidatura do deputado André Figueiredo (CE) no dia 17. Nas últimas semanas, ele vinha tentando atrair o apoio de outras legendas de oposição. A eleição para o comando da Câmara está marcada para a próxima quinta-feira, dia 2.

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