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Presidente do PT nega compra de votos no caso do mensalão

''Continuamos negando e vamos mostrar que nunca houve compra de votos'', disse Rui Falcão


	Rui Falcão, presidente do PT: O dirigente político declarou que não há ''demonstração material'' da compra de votos 
 (José Cruz/Agência Brasil)

Rui Falcão, presidente do PT: O dirigente político declarou que não há ''demonstração material'' da compra de votos  (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 20h35.

São Paulo - Em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros em São Paulo, o presidente do PT, Rui Falcão, negou nesta quarta-feira que tenha havido compra de votos de parlamentares no caso do mensalão.

''Continuamos negando e vamos mostrar que nunca houve compra de votos'', disse Falcão.

O dirigente político declarou que não há ''demonstração material'' da compra de votos e acrescentou que o partido mostrará sua postura oficial sobre o processo judicial quando este estiver concluído, mas antecipou que a avaliação é ''crítica''.

Falcão disse ainda que houve uma ''tentativa'' de processar a legenda por completo, quando na realidade se trata de um processo contra réus específicos.

Falcão analisou o resultado das eleições municipais, que tiveram saldo positivo para os candidatos a prefeito do PT. O partido venceu em 635 municípios, 14% a mais que no pleito de 2008.

O presidente do PT disse que os resultados eleitorais, especialmente em São Paulo, onde o candidato Fernando Haddad venceu, mostram que ''a população separou a questão do julgamento'' das propostas que solucionam os problemas enfrentados por eles.

Ele atribuiu a vitória de Haddad ao valor do candidato, a seu programa eleitoral, à campanha, ao desgaste do atual prefeito, Gilberto Kassab, e ao elevado grau de rejeição de José Serra, que concorria pelo PSDB.

Sobre o desempenho de sua legenda no Nordeste, onde as disputas em algumas capitais foram vencidas por candidatos de outros partidos que, no âmbito presidencial, apoiam o PT, Falcão considerou ''positivo que em nenhum lugar possa imperar a questão do messianismo''.

Além disso, ele disse que a liderança de Lula foi criada de forma coletiva, sendo fruto de relações políticas e sociais, e disse que apesar de o ex-presidente ser um líder forte, sua relevância ''não violenta a democracia'' interna do PT.

''Lula nunca se opôs a uma decisão partidária'', declarou Falcão, garantindo que seu partido está em uma posição ''bastante confortável'' por ser o único que dispõe de dois nomes, a presidente Dilma Rousseff e Lula, que podem ganhar as eleições presidenciais se fossem realizadas hoje. 

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