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Presidente do PSL rebate OEA e diz que organismo tem "zero credibilidade"

Para Bebianno, entidade não critica a campanha do PT "por ser de esquerda" e teria sido omissa na eleição passada

Gustavo Bebianno: "Ela está falando do PT. Mas como ela é esquerdista, então ela não fala do PT. Ela vai lá, acariciar", afirmou (Sergio Moraes/Reuters)

Gustavo Bebianno: "Ela está falando do PT. Mas como ela é esquerdista, então ela não fala do PT. Ela vai lá, acariciar", afirmou (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2018 às 14h30.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 14h32.

Rio de Janeiro - O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, rebateu nesta sexta-feira as críticas feitas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a onda de notícias falsas nas eleições brasileiras e disse que considera a entidade de esquerda e com baixa credibilidade.

Na quinta-feira, 25, Laura Chinchilla, chefe da missão da entidade que está acompanhando as eleições no Brasil,  afirmou que o nível de difusão de notícias falsas na eleição brasileira é “sem precedentes”, sobretudo em função do uso do Whatsapp para disseminar as informações. A declaração foi feita após ela se reunir com o petista Fernando Haddad e membros de sua campanha.

Para Bebianno, quem produziu notícias falsas nas eleições foi a campanha de Haddad, não do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. "Ela está falando de quem? Ela tem que falar do PT. Nós não produzimos fake news. Ela está falando do PT. Mas como ela é esquerdista, então ela não fala do PT. Ela vai lá, acariciar. A OEA tem zero credibilidade para a gente", disse Bebianno a jornalistas.

Enquanto a campanha de Bolsonaro acusa seu adversário de propagar fake news, Haddad acusa o deputado do mesmo. O presidente do PSL lembrou que a OEA não reconheceu supostas fraudes na eleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014, quando ela venceu com margem apertada Aécio Neves (PSDB).

"A OEA não reconhece o que aconteceu em 2014. Os peritos que trabalharam para o PSDB não puderam fazer seu trabalho. O TSE não deixou, não permitiu. Isso tem laudo comprovando isso", disse.

Para Bebianno, a OEA "finge que está tudo bem", quando o Brasil tem um sistema eleitoral "que não está envolto pela transparência, pelo princípio da transparência".

O presidente do PSL fez questão de marcar diferença em relação a sua visão e a dos organismos internacionais sobre direitos humanos.

"Precisamos rever questão dos direitos humanos que tem que ser em primeiro lugar para vítimas e de bem: no segundo plano as pessoas que matam. Um ser humano normal não pode ver alguém sofrer... tem que se priorizar as vítimas e não os agressores", afirmou.

SEM ENTREVISTA DOMINGO

Bebianno confirmou que na semana que vem, provavelmente na terça-feira, Bolsonaro vai a Brasília para cuidar do processo de transição, caso seja eleito, e que no domingo o candidato não pretende conceder entrevista após a apuração.

"A decisão foi por questão de segurança", disse. "A previsão é que sejam 500 mil pessoas aqui no domingo e a previsão é fechar a praia no domingo. Estamos conversando com a polícia."

Sobre a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, que apontou uma redução na vantagem de Bolsonaro para 12 pontos percentuais, ante 18 pontos, Bebianno voltou a criticar o instituto. "Continuamos não acreditando nas pesquisas, principalmente no Datafolha, nem na Folha de S.Paulo", disse.

No levantamento do Datafolha, o presidenciável do PSL tem 56 por cento dos votos válidos contra 44 por cento do petista. Mas nesta manhã, pesquisa do instituto Paraná Pesquisas mostrou Bolsonaro com 60,6 por cento dos votos válidos, contra 39,4 por cento.

A expectativa da campanha é que as pistas da orla da avenida Lúcio Costa, onde fica o condomínio no qual mora Bolsonaro, possam ser fechadas por motivo de segurança e por conta da grande quantidade de eleitores que devem se concentrar no local.

Ao ser questionado sobre seu papel em um futuro eventual governo de Bolsonaro, Bebianno brincou e disse "que vai servir café".

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