Brasil

Presidente do PSL nega que irá deixar partido e não comenta sobre Bebianno

Bivar afirmou acreditar que o governo conseguirá aprovar a reforma e ainda defendeu o ministro do turismo, alvo de suspeitas de esquema de laranjas

Presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (Facebook/Reprodução)

Presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 11h33.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 18h18.

Brasília - O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE), negou que esteja avaliando deixar o partido ou que tenha sido incentivado a sair da legenda após a última crise envolvendo o Palácio do Planalto e de denúncias sobre supostas candidaturas laranjas pelo PSL em seu Estado. "Não penso em deixar o partido", disse Bivar a jornalistas.

Ele negou também que este tema tenha sido tratado com o presidente Jair Bolsonaro em encontro realizado na manhã desta terça-feira, 19. "Estamos vivendo em um estado de direito onde as instituições partidárias estão funcionando perfeitamente. Acho que o partido está muito bem, está muito unido. Você veja na votação de ontem, a distorção, por incrível que pareça, foi um voto errado meu", disse. "Estamos em mar tranquilo", completou.

Na sessão realizada nesta terça, Bivar deu apoio ao pedido de urgência para votar o projeto que derrubou decreto do vice-presidente Hamilton Mourão sobre classificação de documentos ultrassecretos do governo. Além dele, outro parlamentar do PSL - o deputado Coronel Tadeu (SP) - foi contra a orientação do Palácio do Planalto. Mais cedo, o deputado havia se reunido com o próprio Bolsonaro, no Planalto. Saiu do encontro dizendo que teve um "almoço cordial". Bivar disse que se enganou e votou errado.

Há dúvidas sobre a capacidade de Bolsonaro formar uma base no Congresso, principalmente dentro do seu próprio partido, para conseguir os 308 votos necessários para aprovação da reforma da Previdência.

"Eu acredito que o governo vai conseguir (308 votos), porque não é um problema do governo, é um problema do País", disse Bivar. Em relação à divergência interna do PSL sobre a votação de terça, ele disse ainda que "são projetos pequenos que não têm nada a ver com a reforma da Previdência". Ele bateu na tecla de que a legenda não está rachada e que há muita unidade na bancada.

Bivar defendeu ainda o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), que é deputado eleito da bancada e também está envolvido em denúncias sobre supostas candidaturas laranjas. "O ministro do Turismo é um cara corretíssimo e o Jair deve muito ao esforço dele", disse.

Em relação ao ex-ministro Gustavo Bebianno, Bivar desconversou e não quis comentar o assunto. "Esse é um assunto do Planalto e um direito de um presidente de nomear ou destituir um ministro. Não cabe ao parlamento discutir esse assunto", disse.

Bivar participou da entrega do texto da reforma da Previdência no gabinete do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uma pequena explanação sobre o projeto. "Estamos todos imbuídos de atender o Brasil nas reformas necessárias", disse. "Militares estão dentro da reforma, eles vão contribuir também. Acredito que do jeito que está em 90 dias esse projeto já pode estar na pauta para promulgação".

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroGustavo BebiannoLuciano BivarPSL – Partido Social Liberal

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe