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Presidente do PSDB garante em carta candidatura de Doria à Presidência

Doria vem dando sinais nos últimos dias de que pode ficar no cargo e ainda não disputar a Presidência da República pelo partido

João Doria: governador deve permanecer no cargo (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)

João Doria: governador deve permanecer no cargo (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 31 de março de 2022 às 13h01.

Última atualização em 31 de março de 2022 às 13h07.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, mandou uma carta aos líderes do partido na qual confirmou que as prévias serão respeitadas e que o governador de São Paulo, João Doria, tem a garantia da candidatura à Presidência. Mais cedo, o governador paulista ligou a assessores e aliados dizendo que vai permanecer no cargo e desistir do Palácio do Planalto.

"Venho, por meio desta, reafirmar que o candidato a presidente da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é o governador do Estado de São Paulo, João Doria, escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido", escreveu Bruno Araújo, no documento em que se dirige a Marco Vinholi, presidente paulista do partido.

Doria vem dando sinais nos últimos dias de que pode ficar no cargo e ainda não disputar a Presidência da República pelo partido. Segundo aliados, os movimentos indicam que ele deve disputar a reeleição, o que sempre defendeu ser contra. Apesar disso, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Doria disse que "não fui e nem voltei", e que tudo não passa de mera "especulação".

Na quarta-feira, 30, em coletiva de imprensa sobre a pandemia de covid-19, os jornalistas o questionaram, insistentemente, para saber se ele permaneceria no cargo ou não. Ele limitou-se a dizer apenas que "na tarde desta quinta-feira, 31, tudo seria esclarecido". Para esta quinta-feira, 31, está marcada uma coletiva, a partir das 16h, em que ele fará os anúncios e os esclarecimentos.

A decisão de Doria vem sendo construída desde a segunda-feira, 28, quando Eduardo Leite anunciou a renúncia ao cargo de governador do Rio Grande do Sul, o gaúcho disse, por diversas vezes, que estar fora do Executivo estadual o “libera para várias possibilidades”, incluindo figurar como cabeça de chapa em uma disputa nacional.

Leite disse que vai respeitar as prévias, mas ao mesmo tempo falou que elas “não perdem a exclusividade” de outros nomes se apresentarem mais competitivos para concorrer ao Palácio do Planalto em 2022. Também deixou claro que a escolha de Doria foi algo interno do partido, mas que em uma coligação mais ampla, a decisão caberia ao grupo, e não somente ao PSDB.

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