Presidente do INSS: Stefanutto foi afastado (INSS/Divulgação)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 23 de abril de 2025 às 09h24.
Última atualização em 24 de abril de 2025 às 16h49.
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado da sua função nesta quarta-feira, 23, no bojo da operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga esquema nacional de descontos associativos não autorizados de aposentados e pensionistas.
Segundo a PF, as entidades cobraram sem autorização R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 de aposentados e pensionistas.
Além do presidente, outros cinco servidores foram afastados de suas funções:
A PF realizou buscas na sala da presidência do órgão nesta manhã.
Stefanutto assumiu o posto em julho de 2023 e é procurador federal de carreira da Procuradoria-Geral Federal (PGF). O presidente afastado também atuou no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foi técnico da Receita Federal e ocupou o cargo de Diretor de Finanças e Logística do INSS. Ele é servidor de carreira desde 2000.
No total, 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Os investigadores afirmam que identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.