Brasil

Presidente do IBGE: PNAD mostra diminuição da desigualdade

Um dos resultados positivos da pesquisa, segundo Bivar, é a redução da taxa de analfabetismo


	Pessoas andam em ruas brasileiras: a partir de 2013, a pesquisa passará por modificações e terá um processo de coleta e divulgação contínuos
 (Marcelo Camargo/ABr)

Pessoas andam em ruas brasileiras: a partir de 2013, a pesquisa passará por modificações e terá um processo de coleta e divulgação contínuos (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 08h58.

Rio de Janeiro – A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália Bivar, disse hoje (21) que os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad) mostram a continuidade do processo de redução das desigualdades no país. Segundo ela, há também resultados muito positivos nas análises da escolarização do brasileiro.

Um dos resultados positivos da pesquisa, segundo Bivar, é a redução da taxa de analfabetismo. Segundo a Pnad, o percentual da população de 15 anos ou mais que não sabe ler ou escrever passou de 9,7% em 2009 para 8,6% em 2011 (queda de 1,1 ponto percentual). Com isso, o total de analfabetos no país caiu de 14,1 milhões para 12,9 milhões, no período. De 2007 para 2009, havia sido registrada queda apenas de 0,4 ponto percentual, de 10,1% para 9,7%.

“A taxa de analfabetismo vinha se reduzindo muito lentamente, mas, nesse período de 2009 a 2011, houve uma redução de quase 1 ponto percentual, o que é uma redução expressiva diante dos movimentos anteriores. Sabemos que os desafios do analfabetismo no Brasil hoje são grandes, porque dizem respeito a uma população já envelhecida que compõe, predominantemente, os analfabetos no Brasil”, disse Wasmália Bivar.

Segundo ela, no entanto, a pesquisa também aponta desafios, como a queda da taxa de escolarização dos jovens de 15 a 17 anos, entre 2009 e 2011. A proporção de adolescentes dessa faixa etária matriculados nas escolas caiu de 85,2% para 83,7% no período.

“Essa população ainda precisa de incentivos, de algum modo. Precisa de políticas mais específicas para que a permanência na escola ocorra de fato. Essa população é muito estimulada pelo aquecimento da própria economia, porque ela tem hoje acesso a um trabalho que remunera melhor do que nos anos anteriores. Então, é preciso ter uma mudança quase cultural, em que os adolescentes têm que trocar a renda de hoje por uma renda melhor no futuro, por meio da educação”, destacou a presidente do IBGE.

A Pnad é um dos retratos mais completos da sociedade brasileira, depois do Censo. Divulgada desde 1967, a pesquisa é feita anualmente, com exceção dos anos de realização dos censos. Em 2011, foi realizada com base em visitas a 146 mil domicílios e entrevistas com 359 mil pessoas.

A partir de 2013, a pesquisa passará por modificações e terá um processo de coleta e divulgação contínuos, o que permitirá a divulgação de dados mensais e trimestrais. Com a “Pnad continuada”, o atual modelo do levantamento a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) serão extintas a partir do final do ano que vem.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraIBGEEstatísticasDistribuição de rendaPNAD

Mais de Brasil

Hugo Motta diz que Câmara vota IR na quarta mesmo sem acordo sobre anistia

Governo prevê repasse para universidades e agências federais 53% menor em 2026 do que em 2014

Ibama aprova simulação da Petrobras na Margem Equatorial, último passo para licença de exploração

Lula diz que reunião com Trump ocorrerá 'o mais rápido possível e vai correr bem'