Brasil

Presidente do Equador veio à abertura da Copa apoiando Dilma

O intuito de Rafael Correa foi o de prestar "solidariedade" à presidente, que enfrenta uma onda de protestos ligada ao Mundial

Correa (E), o presidente do Gabão (à frente), e Evo Morales (D) na abertura da Copa (Dimitar Dilkoff/AFP)

Correa (E), o presidente do Gabão (à frente), e Evo Morales (D) na abertura da Copa (Dimitar Dilkoff/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 07h54.

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quinta-feira que viajou ao Brasil para a abertura da Copa do Mundo com o intuito de prestar "solidariedade" à Dilma Rousseff, que enfrenta uma onda de protestos ligada ao Mundial.

"Nossa presença aqui é para mostrar solidariedade", afirmou Correa durante o programa de televisão "De Zurda", da rede Telesur, que é conduzido por Víctor Hugo Morales e Diego Armando Maradona.

Correa destacou sua admiração por Dilma, que chamou de "referência e mulher de trajetória extraordinária".

Segundo o presidente equatoriano, Dilma estava "muito entusiasmada" na abertura do Mundial, na Arena Corinthians (Itaquerão), onde o Brasil derrotou a Croácia por 3 a 1.

Na análise de Correa, os protestos no Brasil são, "provavelmente, fruto do próprio sucesso do Partido dos Trabalhadores, porque conseguiram reduzir a desigualdade impressionante e a pobreza. A classe média aumentou e cresceram as exigências".

Insultos contra Dilma Rousseff foram proferidos nesta quinta das arquibancadas do Itaquerão, em vários momentos durante a partida contra a Croácia.

Pouco antes do início do jogo, centenas de torcedores gritaram "ei, Dilma, vai tomar no c...".

O dia também foi marcado por manifestações em várias partes do país.

Antes da cerimônia de abertura, confrontos esporádicos entre policiais e manifestantes aconteceram durante a manhã e no início da tarde a cerca de dez quilômetros do Itaquerão. Os manifestantes tentaram bloquear a avenida Radial Leste.

No Rio de Janeiro, os manifestantes protestaram nas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no centro da cidade, antes de seguir para a praia de Copacabana.

Episódios de violência também foram registrados em Belo Horizonte, onde 'black blocs' atacaram lojas e agências bancárias. Uma viatura da polícia foi depredada. Dezenas de policiais militares apoiados por helicópteros dispersaram cerca de 200 manifestantes.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosAmérica LatinaEsportesFutebolEquadorCopa do MundoRafael Correa

Mais de Brasil

Prejuízos em cidade destruída por tornado no PR passam de R$ 114 milhões

Moraes suspende inquérito sobre remoção de corpos após megaoperação no Rio

PF diz que sofrerá restrições 'significativas' com relatório de Derrite do PL antifacção

Governo do PR coloca presos para reconstruir escolas atingidas por tornado