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Não é um momento fácil, diz presidente do COI sobre Rio-2016

Ele afirmou que o Brasil passa por uma crise, mas que o comitê e a prefeitura do Rio de Janeiro conseguiram “colocar os Jogos Olímpicos em pé”


	Thomas Bach: ele afirmou que o Brasil passa por uma crise, mas que o comitê e a prefeitura do Rio de Janeiro conseguiram “colocar os Jogos Olímpicos em pé”
 (Yasuyoshi Chiba / Reuters)

Thomas Bach: ele afirmou que o Brasil passa por uma crise, mas que o comitê e a prefeitura do Rio de Janeiro conseguiram “colocar os Jogos Olímpicos em pé” (Yasuyoshi Chiba / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 18h13.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach, elogiou o trabalho do comitê organizador dos Jogos Rio 2016. Bach concedeu coletiva, na tarde de hoje (4), no Centro de Mídia, ao lado do Parque Olímpico.

Ele afirmou que o Brasil passa por uma crise, mas que o comitê e a prefeitura do Rio de Janeiro conseguiram “colocar os Jogos Olímpicos em pé”.

“O Brasil passa por aquela que talvez seja sua maior crise. Mesmo assim, você poderá ver que esse país, essa cidade e esse comitê organizador conseguiram transformar a cidade e colocar os Jogos Olímpicos de pé. Não é um momento fácil, mas damos toda a solidariedade aos anfitriões brasileiros”, disse Bach.

“Devo dizer que a cooperação entre o comitê organizador e a prefeitura está indo muito bem. Estamos confiantes de que os problemas serão resolvidos e teremos realmente grandes Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro”, acrescentou.

Ele ainda defendeu a iniciativa do COI de escolher “países em desenvolvimento” para sediar uma Olimpíada. Segundo ele, o modelo resistiu à situação pela qual os país passa.

“Se esses jogos resistem a testes de tensão aqui no Brasil, vemos que esse modelo é robusto. O modelo financeiro dos Jogos conseguiu ficar de pé e aguentou um teste de tensão que esperamos não ter que passar por ele de novo no futuro”.

Doping na Rússia

Bach fez um resumo do 129º Congresso da entidade, ocorrido esta semana na capital fluminense. O tema doping na Rússia foi um dos assuntos mais comentados e perguntados por jornalistas internacionais.

O presidente do COI afirma que ouviu vários argumentos favoráveis e contrários a permitir a participação da Rússia nos jogos e que tomou a decisão que considerou mais justa possível.

“Eu posso olhar nos olhos dos atletas, porque tenho minha consciência tranquila. Ponderamos os argumentos cuidadosamente. Temos o apoio de muitos atletas e das associações de atletas continentais”.

Bach disse que o sistema antidoping deverá mudar, ficar mais rigoroso, e mandou um recado aos esportistas, com ênfase nos russos.

“Acreditamos que podemos mandar uma mensagem clara aos atletas limpos da Rússia. Você pode praticar um esporte limpo e seguir seu sonho como um atleta limpo. Os atletas não podem cair na armadilha de outras pessoas que dizem que você tem que usar doping. Se você for limpo, poderá participar dos Jogos Olímpicos como um atleta respeitado”.

Embora toda delegação de atletismo do país esteja banida, os atletas poderiam pleitear a participação, caso provassem um histórico sem doping, e viriam ao Rio de Janeiro para competir sob a bandeira olímpica.

A Agência Internacional Antidoping (Wada) chegou a pedir o banimento de todo o país dos jogos, mas não foi atendida.

Novos esportes

O presidente do COI também comentou a inclusão de novos cinco esportes para os jogos de Tóquio, em 2020. A inclusão  do beisebol, surfe, skate, escalada e caratê era dado como certa há várias semanas, mas agora é oficial.

“Temos uma adição muito interessante ao programa olímpico com essas modalidades. O mundo mudou. Os jovens têm muitas opções para o tempo de lazer e não podemos esperar que eles venham até o esporte. Precisamos que o esporte vá até os jovens. Essa implementação da agenda olímpica 2020 é um marco histórico”.

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