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Presidente da Sabesp diz que rodízio é "pouco provável"

Presidente da Sabesp também descartou projeto que vinha sendo estudado para dessalinização de água do mar


	Água: presidente da Sabesp descartou projeto para usina de dessalinização
 (Divulgação/Cesan)

Água: presidente da Sabesp descartou projeto para usina de dessalinização (Divulgação/Cesan)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2015 às 13h06.

São Paulo - O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, afirmou que o rodízio na região metropolitana da capital paulista é "pouco provável" e descartou a Parceria Público-Privada (PPP) para dessalinização de água do mar, que vinha sendo estudada pela Sabesp e pelo governo do Estado. Kelman acompanhou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na inauguração de um parque construído pela Sabesp na zona leste da capital.

"O rodízio é pouco provável", afirmou Kelman, ao ser questionado sobre a recuperação dos níveis dos principais mananciais que abastecem a região metropolitana, evitando entrar em maiores detalhes.

Em relação às PPPs que vêm sendo estudadas pela Sabesp para auxiliar no combate da crise hídrica, o executivo descartou o projeto de construção de uma usina de dessalinização de água do mar como alternativa, mas afirmou que a PPP para redução de perdas na rede da Sabesp continua sendo trabalhada. "A dessalinização é uma solução que pode ser boa em cidades litorâneas. Hoje, nosso problema de água é na região metropolitana de São Paulo, que fica a 700 metros de altitude e, portanto, tem outras alternativas economicamente mais atraentes do que dessalinização", afirmou.

Segundo Kelman, a Sabesp já trabalha com cerca de dez empresas para realizar reformas na rede, e quer ampliar essa parceria, considerada bem-sucedida, atraindo, possivelmente, companhias internacionais. "Nós temos boas empresas e estamos discutindo como ampliar essa experiência. Temos cerca de dez trabalhando conosco e estamos conversando com outras, inclusive de atuação internacional", disse, ressaltando, porém, que ainda não há licitação prevista.

O modelo de PPP que a Sabesp estuda prevê que a remuneração da empresa que atuar nas redes será associado ao sucesso da iniciativa, ou seja, à efetiva redução das perdas. "Vamos pagar pelo resultado, e não pelo processo", explicou Kelman. Atualmente, a Sabesp perde cerca de 19% de sua água tratada nas redes da região metropolitana.

Kelman e Alckmin participaram da inauguração do Parque Sabesp Cangaíba, com mais de 12 mil metros quadrados de área. "A Sabesp é exemplo de uma empresa extremamente capacitada. Aqui foi investido praticamente R$ 5 milhões", disse Alckmin.

Alckmin destacou PPPs já em funcionamento para combater a crise hídrica, como o novo Sistema São Lourenço, que busca água a 83 quilômetros de distância. A previsão é de que, em 2017, a região metropolitana receba mais 6,4 metros cúbicos de água tratada por segundo desse sistema. "E estamos terminando a licitação para a interligação da Bacia do Paraíba do Sul com a Bacia do Cantareira", afirmou o governador.

Ontem, Alckmin disse que o Estado do Rio de Janeiro tira água do Rio Paraíba do Sul para diluir esgoto, referindo-se à interligação das Represas Atibainha, uma das quatro do Sistema Cantareira, e Jaguari, que faz parte da Bacia do Rio Paraíba do Sul. No ano passado, São Paulo e Rio discutiram sobre a transposição, antes de chegarem a um acordo.

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