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Presidente da Petrobras critica política do Fed

Para ele, a injeção de US$ 600 bilhões em curto prazo traz efeitos que aceleram a depreciação da moeda americana artificialmente

Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras: críticas à desvalorização artificial do dólar (Divulgação/AGÊNCIA PETROBRAS)

Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras: críticas à desvalorização artificial do dólar (Divulgação/AGÊNCIA PETROBRAS)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 05h27.

São Paulo - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, condenou, nesta ontem a política monetária adotada pelo Fed, o Banco Central norte-americano. Segundo ele, os efeitos da depreciação da moeda americana são variáveis, mas quando estimulados no curto prazo podem ser intensificados. 

"O problema grave é uma combinação do movimento do câmbio com políticas monetárias que intensificam esses efeitos a longo prazo. Essa política do Fed de US$ 600 bilhões [colocados na economia americana], no curto prazo, traz efeitos que aceleram a depreciação do dólar artificialmente e, portanto, deve ser condenada", disse o presidente da Petrobras ao chegar para a posse do novo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Ainda de acordo com Gabrielli, o impacto do preço baixo do dólar no balanço da Petrobras é também variável, uma vez que a empresa se beneficia e é prejudicada pelas oscilações do câmbio. "Nós somos um grande exportador, e assim o dólar fraco é bom. Mas nós somos um grande importador também. 

Nós somos credores, então o dólar fraco é ruim. Mas somos um grande devedor também, então nós pagamos, então o dólar fraco é bom. Então o efeito líquido depende muito da intensidade da apreciação do dólar e do momento que ocorre, não é sempre que é ruim", explicou. Para ele, o efeito da crise cambial, a longo prazo, será o aumento da produtividade das empresas exportadoras.

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