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Presidente da Odebrecht preso determina destruição de e-mail

Marcelo Odebrecht, acusado na Lava Jato, enviou um bilhete aos advogados dizendo "destruir e-mail sondas RR", referindo-se, supostamente, a Roberto Prisco Ramos


	Para decretar a prisão de Marcelo Odebrecht, Sérgio Moro baseou-se em outros e-mails trocados entre ele e Roberto Prisco
 (REUTERS/Rodolfo Burher)

Para decretar a prisão de Marcelo Odebrecht, Sérgio Moro baseou-se em outros e-mails trocados entre ele e Roberto Prisco (REUTERS/Rodolfo Burher)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 15h31.

Brasília - A Polícia Federal (PF) apreendeu na última segunda-feira (22) um bilhete no qual o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu a frase "destruir e-mail sondas".

O bilhete foi endereçado aos advogados dele e foi interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da carceragem da Superintendência em Curitiba, onde o executivo está preso desde sexta-feira (19).

Entre as frase escritas no bilhete, aparecem os dizeres “destruir e-mail sondas RR”. Para a PF, Marcelo se referia a Roberto Prisco Ramos, executivo da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht.

Após tomar ciência do ocorrido, o delegado responsável pela Operação Lava Jato pediu aos advogados do executivo que apresentassem o bilhete original e justificassem a expressão usada por Odebrecht, sendo que o bilhete original não foi retido pela PF.

Ao delegado, os advogados Rodrigo Sanches e Dora Cavalcanti alegaram que o verbo destruir se referia a "estratégia processual e não a supressão de provas".

Eles explicaram que o documento original foi levado para São Paulo, por outro advogado, onde fica a sede da empreiteira.

Para decretar a prisão dos executivos da Odebrecht, o juiz Sérgio Moro, baseou-se, entre outras provas, em outros e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht e Roberto Prisco, nos quais é mencionado o pagamento de propina de US$ 25 mil por dia para operação de sondas de perfuração da Petrobras.

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