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Presidente da OAB cobra esclarecimentos após gravação com Temer

Ele considerou que o presidente Temer praticou uma obstrução de Justiça ao comprar o silêncio de Cunha, como revela o áudio gravado pela JBS

Temer: "São estarrecedores, repugnantes e gravíssimos os fatos noticiados por O Globo a respeito de suposta obstrução da Justiça praticada pelo presidente da República" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "São estarrecedores, repugnantes e gravíssimos os fatos noticiados por O Globo a respeito de suposta obstrução da Justiça praticada pelo presidente da República" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de maio de 2017 às 21h02.

Última atualização em 17 de maio de 2017 às 21h03.

Brasília - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Lamachia, cobrou na noite desta quarta-feira "esclarecimentos imediatos" sobre o que considera suposta obstrução de Justiça praticada pelo presidente Michel Temer e de recebimento de dinheiro por parte do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

Reportagem do jornal O Globo relata que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou o presidente Michel Temer dando aval à compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

"São estarrecedores, repugnantes e gravíssimos os fatos noticiados por O Globo a respeito de suposta obstrução da Justiça praticada pelo presidente da República e de recebimento de dinheiro por parte dos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella", disse Lamachia em nota.

O presidente da OAB afirmou que a sociedade precisa de "respostas e esclarecimentos imediatos" e defendeu que as gravações citadas "precisam ser tornadas públicas, na íntegra, o mais rapidamente possível".

"A apuração desses fatos deve ser feita com celeridade, dando aos acusados o direito à ampla defesa e à sociedade a segurança de que a Justiça vale para todos, independentemente do cargo ocupado", disse.

O Globo também afirmou que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi gravado pedindo 2 milhões de reais a Joesley "numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal".

A PF teria rastreado o caminho desse dinheiro e teria descoberto que ele foi depositado em uma empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), aliado de Aécio.

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