Brasil

Presidente da CUT diz que greve geral de sexta será maior que a de 2017

"Nunca as centrais sindicais estiveram tão unidas como dessa vez, todas estão convocando", disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas

Manifestantes fazem barricadas durante protesto contra reformas do presidente Temer, em São Paulo, dia 28/04/2017 (Paulo Whitaker/Reuters)

Manifestantes fazem barricadas durante protesto contra reformas do presidente Temer, em São Paulo, dia 28/04/2017 (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de junho de 2019 às 19h16.

Última atualização em 13 de junho de 2019 às 14h41.

São Paulo - A greve geral convocada para a próxima sexta-feira, 14, une grupos de sindicalistas que historicamente atuam em campos opostos do jogo político, como a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical.

"O maior fator da mobilização e da união é o Bolsonaro, ele conseguiu unir todo mundo contra a reforma da Previdência", disse ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que há semanas se reúne com líderes de outras centrais para alinhar a greve. Segundo o sindicalista, as decisões são comuns. "Nunca as centrais sindicais estiveram tão unidas como dessa vez, todas estão convocando."

A previsão dos sindicatos é que o transporte publico da capital paulista paralise totalmente na sexta-feira, com adesão de metroviários, ferroviários e motoristas de ônibus. Segundo a assessoria da CUT, aeroviários e portuários também vão parar.

Além dos trabalhadores ligados ao transporte, também prometem aderir à greve metalúrgicos, petroleiros, professores da rede pública e privada, bancários e comerciários.

Apesar de a Justiça ter concedido liminar ao Metrô e à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para suspender a greve, os sindicatos garantem adesão e prometem confrontar também na Justiça as liminares. "Se os sindicatos perderem, vamos socorrer", disse o líder da CUT, que acredita em uma paralisação maior do que a ocorrida em abril de 2017.

Freitas questiona especialmente a ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de promover o sistema de capitalização. "A CUT não vai negociar essa proposta, temos divergência com a capitalização, que é o centro da proposta. Ele não está reformando, está acabando com o sistema previdenciário", explicou.

Freitas disse que a CUT está "espalhando País afora os nomes dos deputados" que defendem a reforma e disse esperar que "a força da greve faça com que deputados e senadores saibam que se votarem pela reforma não serão reeleitos em 2022".

Para o líder sindical, a polêmica que envolve o vazamento de conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro, com procuradores da Lava Jato de Curitiba quando ele ainda era juiz federal acaba ajudando na mobilização contra o governo. "Moro impulsiona a greve, queremos inclusive agradecer o incentivo de Moro e Bolsonaro, eles são verdadeiros impulsionadores", provocou Freitas.

Acompanhe tudo sobre:CUTGrevesSão Paulo capital

Mais de Brasil

Lula, Bolsonaro, Tarcísio, Zema, Marçal e Caiado: AtlasIntel simula cenários para 2026

Flávio Dino suspende repasses de emendas para universidades de oito estados

Senado adia votação de texto que tentava 'driblar' proposta do governo de endurecer penas de roubo

Celular Seguro vai mandar mensagens de alerta a celulares roubados mesmo após terem chips trocados