Cruz Vermelha: o MP apura se a sede nacional da entidade sabia das irregularidades (foto/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de agosto de 2017 às 22h56.
Rio, 23 - A presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Rosely Pimentel Sampaio, e o presidente da filial fluminense da entidade, Luiz Alberto Lemos Sampaio, foram alvos de condução coercitiva nesta quarta-feira, 23.
O Ministério Público do Distrito Federal investiga fraudes ocorridas em 2010 na Cruz Vermelha de Petrópolis (RJ) e apura se a sede nacional da entidade sabia das irregularidades.
Os mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão contra Rosely e Luiz Alberto - que são casados - foram cumpridos na residência do casal, no Rio, e nas sedes nacional e estadual da Cruz Vermelha, que também ficam na capital fluminense.
Foram apreendidos telefones celulares, computadores, pendrives e documentos. Um revólver calibre 32 foi encontrado na casa de Rosely, que foi autuada em flagrante.
Em nota, a Cruz Vermelha Brasileira informou que Rosely foi eleita em 2013, três anos após a constatação de irregularidades. "Assim que identificou essa fraude, Rosely e o grupo atual de diretores tomaram todas as medidas para identificar e punir os responsáveis."
O comunicado diz ainda que "100% dos valores desviados na fraude impetrada pela Unidade de Petrópolis da Cruz Vermelha estão identificados com seus respectivos CPF e CNPJ nas mais de 70 operações bancárias rastreadas. Isso já está em posse do Ministério Público e da Polícia Civil, e só foi possível devido a fundamental ação e empenho da atual diretoria".
Em relação à arma encontrada na casa de Rosely, a entidade afirmou que se trata de "um objeto muito antigo, sem nenhuma manutenção, sem munição, que pertenceu ao pai da presidente e é era guardada como um item de valor sentimental".