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Presidente da CPMI diz que não direciona para Perillo

Ontem (17), o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que a CPMI se transformou em um tribunal de exceção

Senador Vital do Rêgo cumprimenta Marconi Perillo: "Os ataques [do PSDB] são políticos e respeitamos as decisões políticas”, argumentou Vital (Geraldo Magela/Agência Senado)

Senador Vital do Rêgo cumprimenta Marconi Perillo: "Os ataques [do PSDB] são políticos e respeitamos as decisões políticas”, argumentou Vital (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 17h06.

Brasília - O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, rebateu hoje (18) as acusações de que a comissão tenha direcionamento político voltado para atacar o governador de Goiás, Marconi Perillo. O parlamentar também apresentou balanço dos trabalhos realizados pelo colegiado no primeiro semestre.

Ontem (17), o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que a CPMI se transformou em um tribunal de exceção, e acusou o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), de mudar o foco das investigações para tentar atingir Perillo e o PSDB, além de desviar as atenções do julgamento do mensalão.

“Não há direcionamento no trabalho. Respondo pela presidência e ela tem agido de forma reta, isenta e não tem recebido nenhum tipo de ataque. Os ataques [do PSDB] são políticos e respeitamos as decisões políticas”, argumentou Vital, que defendeu as medidas adotadas pelo relator.

“O plano de trabalho tem sido cumprido fielmente pelo relator, com absoluta isenção. Ele é atacado num contexto em que a geografia política do fato determinado se impõe. É fato que a organização criminosa se desenvolveu no estado de Goiás e o núcleo é no estado de
Goiás”, disse o senador.

Vital do Rêgo fez hoje um balanço dos trabalhos da comissão e garantiu que, após o recesso parlamentar, haverá reuniões do colegiado em todas as terças-feiras pela manhã e quartas-feiras à tarde, no mês de agosto. Segundo ele, na volta do recesso, a comissão dará prioridade à convocação de pessoas que estejam dispostas a falar.

Perguntado sobre as convocações do ex-dono da Delta Construções, o empresário Fernando Cavendish; do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot; e da reconvocação de Marconi Perillo, Vital do Rêgo disse que todos os requerimentos têm o mesmo peso e que caberá ao plenário decidir.


“Todos os requerimentos são dados e tratados da mesma forma, não tem requerimento prioritário. Começamos a preparar o calendário de agosto e o calendário será divulgado na próxima semana. Posso adiantar que está marcada reunião administrativa para o dia 15 de agosto”.

Segundo consta do balanço da comissão, foram chamadas 24 pessoas para serem ouvidas, sendo que nove prestaram depoimentos integrais, duas parciais e outras 13 não se manifestaram. Dos 715 requerimentos apresentados nas sete reuniões administrativas, 480 foram aprovados, cinco rejeitados e outros cinco retirados pelos autores. Os demais serão apreciados na volta do recesso.

A CPMI solicitou 82 transferências de informações bancárias sigilosas, 80 de dados fiscais e 78de registros telefônicos, alcançando tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Até ontem (17), segundo o balanço da CPMI, a comissão recebeu 384 informações bancárias, 58 fiscais e 374 telefônicas.

O presidente da CPMI elogiou a agilidade do Banco Central e da Receita Federal no envio de informações. Ontem, tucanos acusaram os dois órgãos de estarem agindo politicamente e enviando dados de forma seletiva. “Deve-se destacar que o recebimento das informações bancárias mostrou-se ágil e satisfatório graças aos esforços do Banco Central, que demonstrou sua eficiência na fiscalização do sistema bancário brasileiro”, disse Vital.

Já em relação ao envio dos dados telefônicos sigilosos, o senador criticou as operadoras de telefonia e também a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Quanto às informações telefônicas, muitas têm sido as dificuldades. O modelo de controle da atuação das operadoras telefônicas ainda não é plenamente eficaz no que se refere à obtenção de dados”.

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