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Presidente da comissão da reforma política critica doação oculta

Para Lúcio Vieira Lima, a proposta abre brecha para que o debate que está sendo feito na Câmara seja criticado e colocado sob suspeita pela população

Lúcio Vieira Lima: "É lamentável esse financiamento oculto" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Lúcio Vieira Lima: "É lamentável esse financiamento oculto" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 20h13.

Brasília - O presidente da comissão que debate a reforma política, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), criticou nesta quarta-feira, 16, a proposta de voltar a permitir as doações ocultas a campanhas.

"É lamentável esse financiamento oculto, eu espero que apareça quem fez essa proposta, porque, por enquanto, também está oculto", disse.

Para Vieira Lima, esse tipo de proposta é "burra", porque abre brecha para que o debate que está sendo feito na Câmara seja criticado e colocado sob suspeita pela população.

O deputado Vicente Cândido (PT-SP) incluiu em seu relatório a possibilidade de o doador pedir que seu nome não seja divulgado à população, independentemente do valor doado. Na primeira versão do texto, as doações seriam ocultas para quem doasse até três salários mínimos.

Questionado sobre quem era o autor da proposta, o deputado desconversou. "O relatório é um apanhado de várias sugestões, de audiência públicas, de debates, de conversas, de almoços, de jantares, de café. Não seria elegante nominar esse ou aquele."

Ele, no entanto, voltou a defender a ideia. "Eu defendo por causa do momento que estamos vivendo, de muito achincalhamento das pessoas que têm posições, é uma preservação da integridade do doador", disse.

A proposta está no relatório que ainda está sendo discutido na comissão e deve ser votado no plenário somente depois de os deputados aprovarem a emenda à Constituição que cria o fundo público eleitoral e estabelece o chamado distritão.

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