Dilma Rousseff: o presidente da CNI disse que o setor é contrário a medidas que aumentem impostos e defendeu que o momento é de fazer uma reforma administrativa e da previdência no país (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 15h07.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu nesta terça-feira (22) que senadores e deputados mantenham os vetos da presidenta Dilma Rousseff a projetos aprovados no Congresso, que aumentam as despesas do governo.
Para que o governo não corra risco de que vetos – como que prevê reajustes de 53% a 78% para servidores do Judiciário – sejam derrubados, a sessão prevista para a noite de hoje deverá ser mais uma vez adiada.
“O país está passando por uma dificuldade muito grande. Independentemente do mérito de um ou outro projeto, de um ou outro aumento de despesa, nós entendemos que, neste momento, o país não pode, de maneira alguma, aceitar qualquer tipo de aumento de custo, de aumento de despesa, porque nós estamos extremante fragilizados”, afirmou depois de uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Reformas
O presidente da CNI disse que o setor é contrário a medidas que aumentem impostos e defendeu que o momento é de fazer uma reforma administrativa e da previdência no país.
“Achamos que o governo e o Congresso estão em um momento muito oportuno para fazer reformas duras, difíceis, com sacrifício da sociedade, das empresas e dos políticos. As reformas precisam ser feitas agora de maneira definitiva para o Brasil. Reformas que possam colocar o Brasil em uma perspectiva de futuro de desenvolvimento, condizente com o tamanho do nosso país”, disse.
Sistema S
Robson Andrade também veio pedir o apoio de Renan contra medidas de ajuste que afetem o Sistema S. Composto por nove entidades, o sistema reúne o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Social do Comércio (Sesc). O governo estuda reduzir as contribuições ao sistema com objetivo de aumentar a arrecadação em R$ 6 bilhões.
“A proposta que foi ventilada vai trazer grandes sacrifícios para o Sanai e para o Sesi, provavelmente com o fechamento de escolas das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e com muitos alunos deixando de ter educação profissional que hoje lhes é oportunizada de maneira gratuita”, disse.