CBF: Xuad assumiu o cargo após eleição e saída de Ednaldo (Divulgação CBF)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 30 de julho de 2025 às 10h37.
Última atualização em 30 de julho de 2025 às 10h40.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 30, a Operação Caixa Preta, que visa investigar a suspeita de crimes eleitorais em Roraima. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi um dos alvos da operação.
Segundo a corporação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima e Rio de Janeiro. Os investigados tiveram bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões em suas contas bancárias.
Agentes da PF estiveram na sede da CBF nesta manhã. Em nota, a entidade máxima do futebol brasileiro afirma que nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes e que a CBF e Xaud não são o foco das apurações.
A investigação começou após a apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais. A suspeita é de compra de votos. Xaud é suplente da deputada federal Helena Lima (MDB-RR), principal alvo da operação.
O marido de Lima foi preso em 2024 com R$ 500 mil. Parte do dinheiro foi encontrada em sua cueca.
Xaud assumiu o cargo após eleições realizadas em maio deste ano. Ele teve 103 de 141 votos possíveis. Alguns clubes não participaram da votação. Ele foi eleito sem concorrência. Nenhuma outra chapa se apresentou para a disputa.
A eleição foi realizada fora de época após a saída conturbada de Ednaldo Rodrigues, afastado da presidência sob acusação de falsificar a assinatura de Coronel Nunes, outro cartola que já foi o principal executivo da entidade.