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Presidenciáveis participarão de sabatina com setor agrícola

Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos se reunião com empresários do setor agrícola para uma sabatina


	Dilma Rousseff: Dilma tem quase 40% das intenções de voto, Aécio 22% e Campos 10%
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: Dilma tem quase 40% das intenções de voto, Aécio 22% e Campos 10% (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 14h24.

Brasília - Os três principais candidatos à presidência, a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) se reunirão amanhã, quarta-feira, com empresários do setor agrícola, um dos pilares da economia nacional.

O encontro, organizado pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA), receberá separadamente os três para uma sabatina para apresentação das propostas para o setor.

As últimas pesquisas mostram que Dilma tem quase 40% das intenções de voto, Aécio 22% e Campos 10%.

Esses resultados levariam as eleições para o segundo turno, em que as projeções mostram que Dilma venceria com 40% e Aécio obteria 35% dos votos.

Na semana passada os três candidatos participaram de um evento semelhante promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que da mesma forma que a CNA, apresentou sua visão sobre a atual conjuntura e propostas para o próximo mandato.

Segundo documentos divulgados pela CNA, os empresários exigirão do próximo governo mais "segurança jurídica" no campo, para acabar com os conflitos de propriedade. Estes conflitos colocam em disputa fazendeiros com índios, sem-terra e quadrilhas de tráfico de madeira e de pedras preciosas, que os empresários atribuem à falta de uma legislação adequada e a pouca presença do Estado no campo.

A CNA, da mesma forma que organizações indígenas e de pequenos camponeses, argumenta que muitos desses problemas são causados pela demora e pela omissão na demarcação de terras, o que acaba provocando disputas pela propriedade.

"São assuntos jurídicos, diretamente vinculados ao direito da propriedade privada e à segurança para investir", diz um dos documentos divulgados pela CNA.

Uma das propostas centrais dos empresários nesse sentido reivindica a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso e que propõe passar para o legislativo a responsabilidade pela demarcação de terras.

Esse projeto enfrenta resistência das organizações indígenas, que várias vezes denunciaram que isso favoreceria os grandes fazendeiros, que contam com o apoio da "bancada ruralista".

Segundo dados da CNA, 34% do território brasileiro é preservado por leis ambientais ou ocupado por índios, o que limita as áreas de produção.

O presidente da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Correa Carvalho, disse em uma nota da CNA que "nos países agrícolas com os quais Brasil disputa mercados as áreas de preservação não chegam a 9%".

Correa Carvalho antecipou também que os empresários do campo exigirão do governo uma "forte aceleração" dos investimentos em infraestruturas, principalmente de transporte e armazenamento, como estradas, ferrovias, portos e silos.

"A falta de infraestruturas adequadas é outro impedimento para o crescimento do setor agrícola", disse o empresário, para quem essas carências contribuem para encarecer a produção, impactam a inflação e também prejudicam o setor exportador.

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