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Presidenciáveis lamentam morte de Otavio Frias Filho

Otavio Frias Filho, diretor de Redação do jornal Folha de S.Paulo por 34 anos, morreu nesta terça-feira, aos 61 anos por conta de um câncer

Nestes tempos de ameaça à normalidade democrática brasileira, a falta de Otavio será especialmente sentida, disse Marina Silva (Paulo Freitas/Flickr)

Nestes tempos de ameaça à normalidade democrática brasileira, a falta de Otavio será especialmente sentida, disse Marina Silva (Paulo Freitas/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 14h35.

São Paulo - Candidatos à Presidência da República lamentaram a morte de Otavio Frias Filho, diretor de Redação do jornal Folha de S.Paulo. O advogado, jornalista e escritor morreu nesta terça-feira, 21, aos 61 anos. Ele tinha câncer no pâncreas.

Entre os candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) disse, em nota, que Otavio era um intelectual inquieto e refinado, que deixa um legado que vai além do jornal de cada dia. "Ao longo de 34 anos no comando editorial da Folha, buscou incessantemente fazer um jornalismo crítico, preciso, plural, perseguindo cotidianamente a excelência", disse. "Cala fundo a morte prematura de um homem com tanto talento e tantos serviços prestados ao Brasil", afirmou Alckmin.

Marina Silva, candidata da Rede ao Planalto, disse que o compromisso com a pluralidade e a democracia marcaram a trajetória de Frias Filho. "Nestes tempos de ameaça à normalidade democrática brasileira, a falta de Otavio será especialmente sentida. Que Deus console e dê sustentação à família, aos amigos e aos colegas de trabalho", afirmou.

Candidato do Podemos, Alvaro Dias disse que Otavio deixa um legado de "lealdade aos fatos". "Com seus textos sempre brilhantes e ponderados, e sua voz de comando a favor da verdade e da democracia, Otávio Frias traçou o caminho da imprensa livre acima de qualquer obstáculo. A conduta séria e combativa de Otávio Frias servirá de exemplo para muitas gerações de repórteres."

João Amoêdo, do Novo, disse que Frias foi um dos jornalistas e intelectuais mais capacitados do Brasil. "Sua perda vai ser sentida e lamentada, mas sua obra estará sempre viva para inspirar os defensores da democracia, da liberdade de expressão e da tolerância."

O candidato Henrique Meirelles (MDB) afirmou que o Brasil perde um dos grandes ícones do jornalismo. "Sua dedicação e seriedade foram fundamentais para a construção de uma democracia sólida, de respeito às instituições e liberdade de imprensa."

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