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Preservação é compatível com desenvolvimento, diz Dilma

A presidente, porém, não apresentou novos compromissos do Brasil para combater a mudança climática

Dilma Rousseff durante Sessão Plenária da Cúpula do Clima, em Nova York (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff durante Sessão Plenária da Cúpula do Clima, em Nova York (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 14h16.

Nova York - Em sua primeira agenda em Nova York, a presidente Dilma Rousseff declarou em seu discurso na Cúpula do Clima nas Nações Unidas (ONU), que a preservação ambiental é compatível com o desenvolvimento econômico.

Dilma, porém, não apresentou novos compromissos do Brasil para combater a mudança climática. "O Brasil não anuncia promessas. Mostra resultados."

A presidente sustentou que os países desenvolvidos têm a maior parcela de responsabilidade na redução do aquecimento global, por terem adotado um modelo de desenvolvimento baseado em altas taxas de emissão de gases que provocam o efeito estufa. "Não queremos repetir esse modelo", declarou no discurso que durou cerca de cinco minutos.

A presidente ressaltou que o Brasil e outros países em desenvolvimento têm "igual direito ao bem-estar". Em vez de apresentar novos compromissos do País na área ambiental, Dilma saiu em defesa da política ambiental dos governos petistas, ressaltando que nos últimos dez anos, o desmatamento caiu 79% no Brasil.

Entre 2010 e 2013, as emissões de dióxido de carbono foram reduzidas em 650 milhões de toneladas, disse a presidente.

"Alcançamos as quatro menores taxas de desmatamento da nossa história", disse Dilma, afirmando que internamente, o governo adotou planos setoriais para reduzir o desmatamento no cerrado.

Dilma afirmou que o Brasil tem participado ativamente das negociações do âmbito do clima e que país está sintonizado com os anseios da comunidade global.

"Reafirmo que o novo acordo climático precisa ser universal, ambicioso e legalmente vinculante", disse ela. "Nossa determinação de enfrentar a mudança no clima não se limita à Amazônia", disse ela. "É preciso reverter a lógica de que trabalhar na proteção ao clima é danoso à economia."

"O Brasil almeja acordo climático global, que promova o desenvolvimento sustentável", completou, afirmando que o crescimento da economia é compatível com a redução das emissões.

Dilma também defendeu a agricultura brasileira mencionou a utilização de técnicas que reduzem as emissões. "Tudo isso desfaz a pretensa contradição entre produção agrícola e proteção ao meio ambiente. Prova que é possível crescer, incluir, conservar e proteger o meio ambiente."

DiCaprio

A abertura da Cúpula do Clima feita nesta terça-feira pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Também discursaram o ex-vice-presidente dos EUA e militante de causas climáticas, Al Gore, e o ator Leonardo DiCaprio. "Agora pode ser nosso momento para ação", afirmou DiCaprio em sua rápida fala, bastante aplaudida. (Altamiro Silva Junior, correspondente)

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