Brasil

Preparação para a Copa segue em SP, apesar de acidente

O Itaquerão, onde a queda de um guindaste provocou duas mortes e atrasou a finalização das obras, será palco de abertura do Mundial


	Obra do Itaquerão é retomada após acidente: o estádio deve ficar pronto apenas dois meses antes do primeiro jogo
 (Marcelo Camargo/ABr)

Obra do Itaquerão é retomada após acidente: o estádio deve ficar pronto apenas dois meses antes do primeiro jogo (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 06h09.

São Paulo – Os preparativos para a Copa do Mundo na capital paulista em 2013 foram marcados pelo acidente ocorrido em 27 de novembro, envolvendo a queda de um guindaste na Arena Corinthians, que matou dois operários. O estádio será palco da abertura da Copa em 2014 – o Brasil enfrentará a Croácia –, além de mais cinco partidas, incluindo uma das semifinais.

Antes do acidente, a previsão era que a arena estivesse pronta até 31 de dezembro. O prazo foi prorrogado para 15 de abril de 2014, quando deve ocorrer uma partida-teste exigida pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Com isso, o estádio, conhecido como Itaquerão, deve ficar pronto apenas dois meses antes do primeiro jogo. Em novembro, foi interditada uma área que representa 10% do estádio, 30% da área leste da arena e 5% de todo o conjunto de obras do entorno.

Os comitês populares da Copa criticaram os acidentes como o ocorrido no Itaquerão e o que causou a morte de um operário nas obras da Arena Amazônia. Para esses comitês, as tragédias ocorrem porque a segurança dos trabalhadores estaria sendo deixada de lado, em detrimento da necessidade de cumprimento de prazos da Fifa.

Em São Paulo, o Ministério do Trabalho e Emprego proibiu a prestação de horas extras pelos operadores de guindaste da obra. O acordo impede também que operários trabalhem na cobertura do estádio no período da noite, entre as 20h e as 6h.

Para o que resta ser construído do estádio, foi assinado, no fim de novembro, um contrato com a Caixa Econômica Federal destinado à liberação de R$ 400 milhões de financiamento de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O contrato prevê o financiamento de até 75% do custo total das obras dos estádios da Copa, limitado a R$ 400 milhões por projeto.


Outra preocupação que marcou os preparativos para a Copa em São Paulo neste ano foi a questão da mobilidade. A cidade, que sofre diariamente com o trânsito intenso, montou um plano para transportar melhor os torcedores.

Segundo o Comitê Organizador Local da Copa (COL), o principal meio de transporte a ser utilizado será sob trilhos: o Expresso da Copa, uma linha que liga o centro da capital paulista ao estádio, sem paradas intermediárias. Com ele, o trajeto de 23 quilômetros da Estação da Luz à Estação Corinthians-Itaquera vai ser feito em 18 minutos.

O governo do estado estima que o fluxo de passageiros nesse transporte será, no mínimo, 60 mil passageiros por hora. Quando um jogo com estádio lotado terminar, na saída do Itaquerão vão poder viajar 114 mil passageiros por hora, o que permite o esvaziamento da arena em 45 minutos.

A área em volta do estádio também recebeu um complexo viário. Foi prevista a construção, por exemplo, de uma ligação Norte–Sul, no trecho entre a Avenida Itaquera e a Avenida José Pinheiro Borges, a Nova Radial, e uma passagem em desnível na Radial Leste.

O COL informou que apenas uma das duas alças de acesso entre a Avenida Jacu-Pêssego e a Nova Radial não será construída, em função de dificuldades encontradas para fazer desapropriações no local, que iriam demorar na Justiça.

Para reduzir o trânsito nesse período, a prefeitura fará com que as férias escolares em escolas públicas e particulares coincidam com o torneio mundial.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesEstádiosFutebolItaquerãoRetrospectiva 2013

Mais de Brasil

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula