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Teto deslocado fez Engenhão ser interditado, diz prefeitura

O estádio estava sendo monitorado desde a inauguração, mas só em 2012 foi feito um estudo aprofundado, por uma empresa alemã, que apontou o risco de "ruína"

Torcedores do Botafogo são vistos em arquibancada do estádio João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (ISMAR INGBER/VEJA RIO)

Torcedores do Botafogo são vistos em arquibancada do estádio João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (ISMAR INGBER/VEJA RIO)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 14h20.

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio e o consórcio responsável pela construção do Engenhão, formado pelas empresas Odebrecht e OAS, culparam nesta quarta-feira o deslocamento da cobertura do estádio como motivo da interdição do local, por risco de desabamento.

O deslocamento, no entanto, não mudou em nada desde a inauguração do estádio. Portanto, o Engenhão oferece risco aos torcedores desde que foi inaugurado para os Jogos Pan-Americanos de 2007, ao custo de R$ 380 milhões.

"Desde 2007, não há nenhum deslocamento na cobertura do estádio", disse o engenheiro do consórcio Engenhão, Marcos Vidigal. Segundo ele, havia um deslocamento previsto depois que fossem retiradas as escoras da cobertura, mas este confirmado oficialmente apenas agora foi maior que o esperado.

Por isso, o estádio estava sendo monitorado desde a inauguração, mas só em 2012 foi feito um estudo aprofundado, por uma empresa alemã, que apontou o risco de "ruína" com ventos acima dos 62 km/h.

O resultado do estudo foi apresentado na última terça-feira à prefeitura, e o prefeito Eduardo Paes decidiu então pela interdição.

Antes dos responsáveis pela construção do Engenhão concederem entrevista coletiva nesta quarta-feira pela manhã, Eduardo Paes garantiu, em entrevista para a TV Globo, que não existe o risco de o estádio ser demolido por causa de seus problemas estruturais.

Ele também prometeu fazer uma auditoria para apurar as responsabilidades do caso, assim como disse esperar que o local seja liberado novamente para jogos de times cariocas o mais rápido possível.

Nesta quarta, porém, Armando Quiroga, representante do Consórcio Engenhão, evitou fixar um prazo para reabertura do estádio. "Pode ser um mês, seis meses, o tempo necessário", avisou, enfatizando que o importante agora é estudar os problemas que afetam a cobertura e avaliar os riscos que ela representa aos torcedores, para que posteriormente o local possa ser liberado.

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