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Prefeitura de Porto Alegre fecha comportas do Cais Mauá para barrar água do Guaíba

Medida foi anunciada na última quinta-feira, depois do retorno das chuvas causarem novas enchentes na capital

Enchentes no RS: cinco das 14 comportas do Cais Mauá foram fechadas na quinta-feira depois da volta das chuvas (Divulgação / Prefeitura de Porto Alegre)

Enchentes no RS: cinco das 14 comportas do Cais Mauá foram fechadas na quinta-feira depois da volta das chuvas (Divulgação / Prefeitura de Porto Alegre)

Publicado em 24 de maio de 2024 às 12h52.

Última atualização em 24 de maio de 2024 às 13h01.

Com a volta das chuvas no Rio Grande do Sul (RS), as comportas no muro do Cais Mauá precisaram ser fechadas. Essa é uma tentativa das autoridades de conter a água do lago Guaíba e foi anunciada pela prefeitura de Porto Alegre durante uma entrevista coletiva na quinta-feira, 24.

Desde o início das enchentes, esses equipamentos de contenção estavam abertos por conta da necessidade iminente e escoar a água na capital gaúcha, mas com a água entrando de novo na cidade e causando novas inundações, o processo precisou ser revertido.

Até o momento cinco dos 14 portões do cais foram fechados. Outra tentativa do poder municipal para minimizar esse estrago é a colocação de sacos de areia e cimento.

Sistema de proteção

Com o lago Guaíba fazendo parte da geografia de Porto Alegre, a cidade possui uma estrutura para lidar com as alterações no nível da água. São 14 comportas localizadas ao longo do Muro da Mauá (espécie de parede com 2,6 quilômetros de extensão). Elas ficam às margens do Guaíba e seguem até a Avenida Mauá, na região central. Ele também possui 3 metros de altura a partir do nível do solo.

Outro mecanismo para a proteção contra enchentes são as 23 casas de bombas. Mas segundo O sistema de proteção contra as enchentes em Porto Alegre também é composto por 23 casas de bombas. Mas segundo o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, apenas dez operam com pleta capacidade. 

Novos lugares atingidos

Nas regiões que ainda não haviam sido afetadas, a água subiu pelos bueiros, como no caso das ruas Lima e Silva, na Cidade Baixa, zona sul da cidade. O problema também chegou na zona norte, levando mais água a pontos da cidade que já estavam secos. Foi o caso de parte da Avenida Brasil. 

Mesmo com esse cenário preocupante, o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), Maurício Loss, negou um "colapso" no sistema de drenagem de Porto Alegre. De acordo com ele, o barro levado pelas cheias das últimas semanas secoutrancando as galerias pluviais, que funcionam no escoamento da água da chuva.

No centro da cidade, o shopping Praia de Belas, que já tinha sido reaberto, fechou mais uma vez na quinta-feira, 23, por causa da elevação da água nas regiões que dão acesso ao local.

Maiores acumulados de chuva nas últimas 24 horas

Cemaden

Viamão: 123,6 mm
Porto Alegre: 114,1 mm
Gravataí: 100,4 mm
Alvorada: 97,4 mm
Ijuí: 94,8 mm
Sapucaia Do Sul: 93,14 mm
Canoas: 92,2 mm
Bom Princípio: 88,4 mm
Candelária: 88,2 mm
Lajeado: 86,8 mm
Teutônia: 84,8 mm
Cruzeiro do Sul: 80,8 mm
Novo Hamburgo: 76,63 mm
Segredo: 74,6 mm
Encruzilhada do Sul: 70,2 mm
Arroio do Tigre: 67,2 mm
Santa Maria: 66 mm
Lagoa Bonita do Sul: 64,6 mm
Caçapava do Sul: 63 mm
Alto Feliz: 61,4 mm
Capão do Leão: 61,2 mm
Cachoeira do Sul: 58,8 mm
Nova Palma: 58,4 mm
Soledade: 56,8 mm
Fontoura Xavier: 55,8 mm
Igrejinha: 54,92 mm
Faxinal do Soturno: 54,2 mm
Santa Rosa: 50,4 mm

Inmet

Porto Alegre - Belém Novo: 119,0 mm
Porto Alegre - Jardim Botânico: 111,0 mm
Tramandaí: 83,0 mm
Ibirubá: 80,4 mm
Santiago: 79,2 mm
Campo Bom: 75,6 mm
Rio Pardo: 72,8 mm
São Vicente do Sul: 68,8 mm
Soledade: 62,8 mm
Santa Maria: 59,8 mm
Capão do Leão (Pelotas): 55,0 mm
Cruz Alta: 53,0 mm
Caçapava do Sul: 52,2 mm
Canguçu: 50,8 mm

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