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Prefeitura inaugura hospital no centro de SP para pacientes de coronavírus

O Hospital Municipal da Bela Vista funcionará de "portas fechadas", apenas recebendo pacientes vindos de outras unidades de saúde para controle da pandemia

São Paulo: cidade deverá começar a admitir nos hospitais municipais pacientes já com sintomas leves de covid-19 (Alexandre Schneider/Getty Images)

São Paulo: cidade deverá começar a admitir nos hospitais municipais pacientes já com sintomas leves de covid-19 (Alexandre Schneider/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2020 às 13h33.

A Prefeitura de São Paulo inaugurou neste sábado, 18, o Hospital Municipal da Bela Vista. A unidade tem 124 leitos para atendimento de pacientes com covid-19, sendo 29 deles de UTIs. Inicialmente, o hospital funcionará de "portas fechadas", apenas recebendo pacientes vindos de outras unidades de saúde para controle da pandemia.

A expectativa é que número de leitos para covid-19 aumente conforme novos respiradores sejam entregues à Prefeitura. A junta orçamentária do município liberou R$ 106 milhões para compra de respiradores para os hospitais do município. O novo hospital é resultado de um investimento de R$ 6,6 milhões, com participação do Ministério da Saúde. O custo com a compra de mobiliário e equipamentos ficou em R$ 8,5 milhões. O prédio era anteriormente ocupado por uma maternidade particular.

Após o período de pandemia, o hospital abrirá ao atendimento geral da população, mas terá prioridade para recebimento de pessoas na região central da cidade.

Segundo o prefeito Bruno Covas, o município contava com 507 leitos de UTI e há a previsão de abertura de outros 598 até o fim de abril. Para maio, ele prometeu a abertura de outros 333 novos leitos de UTI na cidade.

Novo protocolo

A Prefeitura deverá começar a admitir nos hospitais municipais pacientes já com sintomas leves de covid-19. Segundo o secretário de Saúde, Edson Aparecido, os pacientes eram mandados para casa e acabavam voltando ao sistema de saúde com quadro agravado.

 

Com a mudança, a Prefeitura tenta evitar que os pacientes evoluam a ponto de precisar de UTI. Até a quinta-feira, 16, a cidade contava com 161 leitos vagos de UTI e 230 ocupados.

Na rede estadual, que dá apoio à rede da capital e das demais cidades da região metropolitana, há índice médio de ocupação de 70% dos leitos de UTI com pacientes da covid-19. Mas alguns hospitais estaduais já apresentavam ocupação de 100%, como o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no setor, com os 30 leitos de UTI ocupados. O quadrilátero que inclui o centro médico e o Hospital das Clínicas já tem 80% de ocupação, percentual parecido com o da zona leste, segundo a Prefeitura.

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