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Prefeitura faz operação para ordenar atividades nas praias

Objetivo é reprimir comércio irregular, estacionamento em locais proibidos, práticas esportivas que incomodem os banhistas e a condução de animais nas areias

Praia suja: servidores estão utilizando tablets com acesso à internet, o que permite identificar imediatamente barraqueiros e vendedores ambulantes, sabendo se estão regularizados (Getty Images)

Praia suja: servidores estão utilizando tablets com acesso à internet, o que permite identificar imediatamente barraqueiros e vendedores ambulantes, sabendo se estão regularizados (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 20h17.

Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio começa hoje (3) a Operação Verão 2014 entre as praias do Flamengo, na região central, e Grumari, na zona oeste. O objetivo é reprimir comércio irregular, estacionamento em locais proibidos, práticas esportivas que incomodem os banhistas e a condução de animais nas areias.

No total, serão 332 agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), guardas municipais e operadores de reboque. Este ano, os servidores estão utilizando tablets com acesso à internet, o que permite identificar imediatamente barraqueiros e vendedores ambulantes, sabendo se estão regularizados e aplicando multas, quando for o caso.

O secretário de Ordem Pública, Alex Costa, disse que é preciso ordenar as praias. “O objetivo é dar continuidade a nossa ação de ordenamento. A gente executa o trabalho desde 2009, fazendo cumprir as posturas municipais, que são regras básicas e simples, para a boa convivência e civilidade entre os cidadãos”, explicou.

Entre os hábitos que serão reprimidos, segundo o secretário, está a prática do chamado “altinho”, que é o bate-bola entre dois ou mais jogadores, muito próximo da água, em horário até as 17h, quando então passa a ser permitido. Fora disso, só poderá ser praticado na faixa de areia perto do calçadão. Também serão alvos dos fiscais pessoas que tragam animais para passear na praia, principalmente os donos de cães, por causa das fezes dos animais nas areias, o que acaba contaminando o ambiente.

No primeiro dia da fiscalização, foram multados nove vendedores, apreendidos dois galões de mate, oito guarda-chuvas, uma mochila e três triciclos para transporte de mercadorias, além de 50 cocos. Embora o objetivo da prefeitura seja garantir ordem nas praias, principalmente durante o verão, quando o Rio atrai milhões de turistas, as ações do poder público nem sempre são bem recebidas. O desempregado Ronaldo Guilherme da Silva de Souza teve oito guarda-chuvas que ele vendia apreendidos pelos fiscais e protestou pelo prejuízo de quase R$ 50.


“Eu sou ex-presidiário. Fiquei 20 anos na cadeia e agora não posso trabalhar? O senhor acha que isso é certo? Eu tenho cinco filhos para criar. Estou tentando trabalhar para não voltar à vida do crime. Mas eles me tomaram os guarda-chuvas. Agora vou voltar para casa sem dinheiro, não querem saber se eu tenho família nem se tenho de dar leite e pão para os meus filhos”, reclamou.

De acordo com os fiscais, para reaver seus guarda-chuvas ele deverá comparecer ao depósito de mercadorias apreendidas, na Rua dos Campeões, 295, no bairro de Bonsucesso, zona norte. Além dos documentos pessoais, será necessário apresentar a nota fiscal da compra. Para se cadastrar e atuar legalmente nas praias é preciso procurar uma das inspetorias regionais de Licenciamento e Fiscalização. Cada processo leva em média um mês e o vendedor receberá licença para atuar em um determinado trecho da praia.

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