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Prefeitura de SP é proibida de usar multas para manter CET

A gestão do prefeito Fernando Haddad foi proibida de usar o recurso das multas de trânsito para financiar o órgão ligado à Secretaria Municipal de Transportes


	Fernando Haddad: a prefeitura, além de afirmar que vai recorrer da medida, disse que considerou "salutar" a decisão do juiz
 (Wilson Dias/ABr)

Fernando Haddad: a prefeitura, além de afirmar que vai recorrer da medida, disse que considerou "salutar" a decisão do juiz (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 16h40.

São Paulo - A Justiça de São Paulo proibiu que a gestão Fernando Haddad (PT) use o recurso das multas para financiar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), órgão ligado à Secretaria Municipal de Transportes.

A decisão liminar é da última sexta-feira, 15, concedida pelo juiz Luís Felipe Ferrari, da 5ª Vara de Fazenda Pública. A Prefeitura afirmou que vai recorrer.

A medida atende um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que no final de 2015, entrou com uma ação de improbidade administrativa contra a Prefeitura de São Paulo, acusado a administração municipal de usar o dinheiro do Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito (FMDT) para pagar os custos da CET.

Os promotores dizem que pelo menos R$ 25 milhões foram usados para a construção de ciclovias na capital. O MPE também vê como irregular a destinação do fundo para melhoria de terminais de ônibus.

Na época, a Prefeitura de São Paulo disse que "estranhou" a ação Ministério Público Estadual. O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, chegou a dizer que o MPE tem uma "visão distorcida" sobre o uso de dinheiro.

Em nota nesta segunda-feira, 18, a Prefeitura além de afirmar que vai recorrer da medida, disse que considerou "salutar" a decisão do juiz. De acordo com a gestão petista, a Justiça "não encontrou nenhum indício de que qualquer agente público, secretário municipal ou o prefeito tenha agido de forma dolosa ou culposa".

Para a administração municipal, isso afasta "a principal acusação do promotor Marcelo Milani de improbidade administrativa". Fazendo essa acusação, o MPE conseguiria o bloqueio de bens de Tatto e Haddad.

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