Brasil

Prefeitura do Rio implanta sistema de recolhimento de lixo

Novo sistema no Complexo da Maré, zona norte, pretende acabar com os problemas de resíduos nas comunidades do conjunto

Lixo: prefeitura do Rio quer acabar com os problemas de resíduos nas comunidades do conjunto (Bloomberg)

Lixo: prefeitura do Rio quer acabar com os problemas de resíduos nas comunidades do conjunto (Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 17h20.

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro implantou hoje (26) um novo sistema de recolhimento de lixo no Complexo da Maré, zona norte, para acabar com os problemas de resíduos nas comunidades do conjunto. O Programa Comunidade Limpa consiste na instalação de 300 contêineres metálicos nas 16 comunidades que integram o complexo. O projeto faz parte do pacote de ações no valor de R$ 1,8 bilhão do governo municipal em comunidades pacificadas.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou que, apesar do projeto ser um grande passo para a limpeza do Complexo da Maré, se as pessoas não usarem as lixeiras e outros locais destinados para os resíduos, o programa não terá êxito.

“[Queremos] fazer um negócio direito, um negócio arrumado para, de fato, a Maré ser um grande exemplo. Aqui você tem ruas em basicamente toda a comunidade. Tem vias que permitem a entrada de caminhões. Praticamente toda a Maré é plana. Facilita muito o trabalho da Comlurb [Companhia Municipal de Limpeza Urbana]”, destacou.

O secretário municipal de Conservação, Marcus Belchior, disse que, a partir de agosto, será instalado no Complexo da Maré uma central de descarte de lixos, separando os resíduos orgânico, os recicláveis e os não reutilizáveis.

“Nós estamos instalando 300 unidades de recolhimento de lixo Essas caixas criam pontos que, somados, criam 150 toneladas de lixo absorvido. O resíduo orgânico se transforma em composto, vai para a compostagem para virar adubo. O reciclável vai ser reciclado. Assim a gente consegue gerar trabalho e renda para os moradores nessa usina.”

De acordo com o coordenador do Instituto Pereira Passos, Pedro Veiga, foi feita uma pesquisa de reconhecimento do território do Complexo da Maré para desenvolver um projeto em busca de uma coleta de lixo mais eficiente.O instituto é responsável pelas ações de planejamento urbano do município.

“A Comlurb já fazia coleta de lixo na Maré seis vezes por semana, mas isso permite fazer com mais qualidade. As novas caixas compactadoras utilizam carro próprio para recolher o lixo onde o morador bota. A população pode descartar o lixo na hora que ela quiser, no dia que ela quiser”, explicou.

O governo do estado implantou hoje o Programa de Microcréditos, que financia o investimento de microempreendedores de comunidades pacificadas ou em processo de pacificação. Os créditos cedidos aos empresários variam de R$ 300 a R$15 mil.

O presidente da Associação de Moradores do Morro do Timbau, que integra o Complexo da Maré, Osmar Paiva, elogiou os programas implantados nesta quinta-feira pela prefeitura do Rio e pelo governo do estado.

“A gente reconhece que a Comlurb já trabalhava muito, mas não tinha os equipamentos adequados. Agora a gente espera que as coisas melhorem aqui com esses novos equipamentos. E a AgeRio [Agência estadual de Fomento], que foi trazida pelo governador, é para fomentar a economia local. Vai dar oportunidade para empresários da área”, concluiu. Com 130 mil moradores, o Complexo da Maré produz diariamente cerca de 205 toneladas de lixo domiciliar e da construção civil.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFavelasLixoMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022