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Prefeitura de SP vai mandar advertência para quem "dribla" radar

Graças a um tipo de fiscalização que a CET testa há pelo menos cinco anos, mesmo quem corre e usa o freio perto do radar, pode ser identificado

São Paulo: as cartas começam a ser enviadas a partir de 1º de novembro (ale77br/Thinkstock)

São Paulo: as cartas começam a ser enviadas a partir de 1º de novembro (ale77br/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 18h26.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo vai enviar uma notificação por escrito para motoristas que trafegam acima dos limites de velocidade na capital paulista, mas freiam perto dos radares de velocidade. As cartas começam a ser enviadas a partir de 1º de novembro.

O monitoramento desse comportamento vale para as Avenidas 23 de Maio e dos Bandeirantes e a pista expressa da Marginal do Tietê, no sentido Castelo Branco.

Identificar esses motoristas é possível graças a um tipo de fiscalização que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) testa há pelo menos cinco anos: a fiscalização por velocidade média.

Essa forma de atuar funciona assim: todos os carros que passam por um radar da cidade são registrados, não apenas aqueles que estão acima do limite.

Em algumas vias, que têm mais de um radar, é possível saber quanto tempo demorou entre um carro passar entre um primeiro radar e um segundo, calculando assim a velocidade média do veículo (a distância entre os radares dividido pelo tempo gasto para cruzá-los). Desta maneira, mesmo quem corre, mas usa o freio perto do radar, pode ser identificado.

Um teste dessa forma de fiscalizar, realizado em 2012, concluiu que o número de pessoas que correm acima dos limites, portanto passível de multa, seria sete vezes maior do que o de motoristas que de fato recebem o auto de infração.

A ideia, a longo prazo, é poder multas pessoas que se comportam assim. Mas esse tipo de fiscalização ainda é debatido no Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, disse que essa é uma mudança definitiva. "A ideia é conscientizar a população", disse.

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