Aulas presenciais: Segundo o prefeito Bruno Covas, a medida se faz necessária para conter o avanço do coronavírus na cidade (Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de março de 2021 às 13h08.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta sexta-feira 12, a suspensão de aulas presenciais na rede municipal e privada na cidade de São Paulo a partir da próxima quarta-feira, dia 17. A rede estadual anunciou ontem que adiantará o recesso para os próximos 15 dias por causa da atual situação da pandemia.
A suspensão, antecipada pelo Estadão, vale até o dia 1º de abril. O anúncio da Prefeitura ocorre após restrições determinadas pelo governo do Estado para conter a disseminação do coronavírus. Segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), a medida se faz necessária para conter o avanço do coronavírus na cidade. O prefeito também anunciou a abertura de 555 leitos de UTI e enfermaria na cidade.
A Prefeitura anunciou ainda dados de testes realizados na população. Os dados indicam 25% de prevalência do vírus. Ou seja um quarto da população na cidade de São Paulo já teve contato com o vírus. Em relação à faixa etária, os adultos de 18 a 34 anos apresentam hoje a maior prevalência na cidade. O jovem adulto se contamina mais e há aumento significativo de internações nessa faixa etária.
Neste ano, Covas mudou o secretário de Educação e colocou no cargo Fernando Padula, com experiência de anos na administração da rede estadual e amigo do prefeito. Padula é um defensor das escolas abertas e durante as negociações demonstrou sua preocupação em um fechamento prolongado da rede.
As escolas municipais hoje têm cerca de 1 milhão de alunos, em creches, escolas de educação infantil, fundamental e pouquíssimas de ensino médio. É a maior rede municipal do País. Este mês, o sindicato dos professores decretou greve, se dizendo contra a volta presencial. Mesmo assim, muitas escolas reabriram e funcionavam até esta sexta-feira.
Nesta quinta-feira, 11, o governador João Doria (PSDB) determinou o início do que chamou de "fase emergencial", a partir de segunda-feira, dia 15, ainda mais restritiva do que a fase vermelha. Todo o Estado, incluindo a capital, deve seguir as diretrizes da fase emergencial. Escolas municipais e particulares, no entanto, continuam com aval para abrir mesmo na fase emergencial. Prefeitos podem ser mais restritivos e determinar o fechamento das instituições de ensino.