Guarda Civil Metropolitana: de acordo com a norma, fica vedado aos agentes da Guarda Civil Metropolitana, o uso de técnicas de estrangulamento (Prefeitura de SP/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de setembro de 2020 às 13h02.
Última atualização em 10 de setembro de 2020 às 21h37.
A Prefeitura de São Paulo proibiu o uso do "mata-leão" pelos agentes da Guarda Civil Metropolitana. Um decreto do prefeito Bruno Covas (PSDB) com a proibição de técnicas de estrangulamento foi publicado nesta quinta-feira, 10, no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
De acordo com a norma, fica vedado aos agentes da Guarda Civil Metropolitana, "o uso de técnicas de estrangulamento, restando vedada a sua aplicação com qualquer parte do corpo ou com a utilização de qualquer tipo de instrumento".
As demais técnicas que compõem o curso de capacitação fornecido pela Academia de Formação de Segurança Urbana aos agentes ficam mantidas, de acordo com o decreto.
O "mata-leão" já havia sido proibido pela Polícia Militar em julho. No caso da PM, a proibição da técnica ocorreu dias depois da abordagem a um jovem negro no interior de São Paulo. O vídeo que mostrava os policiais militares sufocando o jovem circulou nas redes sociais.
Discussões sobre excesso policial vieram à tona em todo o mundo após a morte de George Floyd, de 46 anos, nos Estados Unidos, em maio. Na abordagem, um agente pressionou o joelho sobre o pescoço de Floyd, enquanto ele estava algemado e de bruços no chão. A morte de Floyd provocou uma onda de protestos em todo o país.
Nas imagens, divulgadas no dia 27 de maio, Floyd reclama e diz repetidamente "não consigo respirar", enquanto o policial que o rendeu, Derek Chauvin, continua ajoelhado sobre seu pescoço. Análises confirmaram que causa da morte foi uma parada cardiopulmonar causada por compressão do pescoço. Quatro policiais que participaram da abordagem foram presos.