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Prefeitura de SP lança empresa para produção cinematográfica

A iniciativa é uma parceria entre os governos municipal, estadual e federal e contará com recursos das três esferas


	Marta Suplicy: ministra da Cultura destacou que o setor é essencial para fortalecer a imagem do país no exterior
 (Valter Campanato/ABr)

Marta Suplicy: ministra da Cultura destacou que o setor é essencial para fortalecer a imagem do país no exterior (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 16h01.

São Paulo – A prefeitura de São Paulo lançou hoje (31) a SPCine, Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo, cujo objetivo é financiar ações e implementar políticas públicas para o desenvolvimento econômico, social, cultural, artístico, tecnológico e científico do cinema e audiovisual da capital paulista.

A iniciativa é uma parceria entre os governos municipal, estadual e federal e contará com recursos das três esferas.

Durante cerimônia na região central da cidade, o prefeito Fernando Haddad apresentou o projeto de lei que normatiza a criação da SPCine.

O projeto seguirá para a Câmara Municipal e, assim que for aprovado, criará uma estrutura com gestão compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal, com participação de empresas do setor audiovisual.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, destacou a importância de uma parceria entre as três esferas de governo na área da produção audiovisual e falou que o setor é essencial para fortalecer a imagem do país no exterior.

Ela lembrou que será a quarta parceria de sua pasta com o estado e município de São Paulo.

"O estado e o município já aderiram ao Sistema Nacional de Cultura, que permite o repasse de recursos diretos para o fomento à cultura, a ampliação dos pontos de cultura no estado e município e a construção de 70 CEUs [centros de artes e esportes unificados] voltados para a arte e o esporte", declarou Marta.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Cultura, existem mais de 500 produtoras sediadas em São Paulo, mas muitas escolhem filmar fora da cidade devido à burocracia para as gravações.


Ainda segundo informações da Secretaria de Cultura, em 2011, 32 filmes paulistas foram lançados no mercado, enquanto o Rio de Janeiro teve 43.

Os investimentos para o próximo ano vão alcançar R$ 25 milhões pela prefeitura e R$ 25 milhões pelo governo do estado, mas a União ainda não definiu qual será seu aporte, o que deve ser resolvido depois de o projeto de lei ser aprovado pelos vereadores.

Segundo Haddad, a SPCine funcionará como uma empresa com muito mais agilidade para propor editais que abranjam toda a cadeia do cinema e produções audiovisuais da cidade. “É uma entidade muito flexível, uma empresa enxuta. Essa é uma demanda muito antiga da comunidade audiovisual de São Paulo, que já teve uma grande produção e acreditamos que vamos alavancar as novas produções com a aprovação da SPCine”.

Haddad destacou ainda que nenhuma área ficará descoberta e que a SPCine beneficiará inclusive os produtores da periferia.

“Há juventude na periferia que já está produzindo e que precisa de um pequeno estímulo para qualificar sua produção e fazê-la conhecida em todo o território nacional”.

O secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, disse que a expectativa é a de que o projeto de lei seja aprovado em um mês. Ele explicou que a prefeitura contou com a colaboração da Rio Filmes, que dividiu o conhecimento com São Paulo. “Nós estudamos a experiência e vimos o que se adapta às nossas necessidades. Acho que é possível montar um sistema nacional de cooperação para fortalecer o cinema brasileiro”.

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