Brasil

Prefeitura de SP já admite não realizar 'carnaval de julho'

Prefeito Ricardo Nunes que se não houver patrocínio privado para custear o evento, "a prefeitura não vai colocar dinheiro público"

Processo licitatório divulgado no último dia 4, não teve empresas interessadas (Fabio Vieira/Getty Images)

Processo licitatório divulgado no último dia 4, não teve empresas interessadas (Fabio Vieira/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2022 às 07h24.

O carnaval de rua de São Paulo, batizado de Esquenta Carnaval, agendado para os dias 16 e 17 de julho, corre o risco de não ser realizado. O prefeito Ricardo Nunes afirmou nesta quinta-feira, 30, que, se não houver patrocínio privado para custear o evento, "a prefeitura não vai colocar dinheiro público" para bancar os desfiles dos blocos. Um novo edital de patrocínio foi aberto e as inscrições pelas empresas devem ser feitas até 7 de julho.

A abertura de um novo certame foi feita porque no primeiro processo licitatório, divulgado no último dia 4, com lances a partir de R$ 10 milhões, nenhuma empresa se interessou. Se, novamente, nenhuma entidade se inscrever na licitação, o Esquenta Carnaval não deverá acontecer. Nunes justificou a desobrigação do Executivo de bancar o evento pelo fato de a festa ser fora de época.

"Se não houver patrocínio privado, a Prefeitura não colocará dinheiro público no carnaval. Como é um evento extraordinário e não ordinário, ou seja, não está no rito normal das ações, a Prefeitura não vai colocar recurso público", afirmou o prefeito. Mas Nunes mostrou otimismo. Diferentemente do primeiro edital, o segundo certame foi aberto com lances menores, a partir de R$ 6 milhões. "Eu creio que deva ter patrocinador, porque os valores foram reduzidos", disse Nunes.

O anúncio da eventual não realização do carnaval demonstra um recuo em relação a uma reunião entre a Prefeitura de São Paulo, a Secretaria Municipal de Cultura e representantes dos blocos de rua. O encontro foi realizado dia 4 de junho. Segundo um levantamento da prefeitura, anunciado no dia 7, 294 blocos haviam se inscrito para desfilar.

Como foi em 2021, o carnaval de rua não aconteceu tradicionalmente no começo do ano em razão da pandemia. Em janeiro e fevereiro, o Brasil viu os números de casos positivos e vítimas da doença crescerem em todo o País impulsionados pela variante Ômicron.

ABRIL

Os desfiles das escolas de samba de Acesso I, Acesso II e Especial, na capital, foram adiados e realizados em abril no Sambódromo do Anhembi. Na ocasião, 17 blocos foram às ruas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. Os recursos do financiamento da festa foram coletivos ou dos blocos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também:

Carnaval em julho: prefeitura de São Paulo divulga blocos inscritos

Tarifa de ônibus em São Paulo não vai aumentar em 2022, afirma Ricardo Nunes

Acompanhe tudo sobre:Carnavalsao-paulo

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados