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Mercado Pago ganha licitação para fazer gestão de uniforme escolar em SP

660 mil estudantes da rede municipal de São Paulo terão um crédito no aplicativo de R$ 215 para comprar as roupas de fornecedores credenciados

Uniformes escolares: novo modelo vai permitir que a aquisição das roupas seja feita de acordo com a necessidade de cada aluno, não em um kit fechado como é atualmente (Secretaria Municipal de Educação de São Paulo/Divulgação)

Uniformes escolares: novo modelo vai permitir que a aquisição das roupas seja feita de acordo com a necessidade de cada aluno, não em um kit fechado como é atualmente (Secretaria Municipal de Educação de São Paulo/Divulgação)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 28 de julho de 2020 às 18h06.

Última atualização em 28 de julho de 2020 às 21h25.

A Secretaria Municipal de Educação da prefeitura de São Paulo assinou um contrato com a Mercado Pago, fintech do Mercado Livre, para administrar a compra e venda de uniformes escolares da cidade. O negócio, fechado no último dia 10 após a empresa ganhar processo de licitação, foi antecipado com exclusividade à EXAME. 

A partir das próximas semanas, cada um dos 660 mil estudantes da rede municipal de São Paulo terá um crédito disponibilizado no aplicativo, vinculado ao CPF do responsável pelo aluno, para adquirir as roupas que serão vendidas por diversos fornecedores credenciados.

O valor será de 215 reais por estudante. O crédito corresponde ao preço de um kit de uniforme, atualmente composto de 5 camisetas, 5 pares de meia, 1 jaqueta, 1 calça, 1 blusão, 1 bermuda e 1 par de tênis.

Para as famílias sem acesso a um celular, um código será enviado para que no ato da compra, o vendedor faça a baixa dos valores no aplicativo. No início do ano, o prefeito Bruno Covas (PSDB) informou que o investimento total desse novo modelo ficará em cerca de 130 milhões de reais.

Segundo a secretaria de Educação, o novo modelo de distribuição vai descentralizar o fornecimento dos uniformes, dando flexibilidade às famílias para comprar com diferentes vendedores da cidade. Também vai permitir que a aquisição das roupas seja feita de acordo com a necessidade de cada aluno, não em um kit fechado como é atualmente.

A proposta também viabiliza que as peças sejam adquiridas durante todo o ano letivo, respeitando o limite do crédito disponibilizado no aplicativo. "No modelo de distribuição tradicional todo o kit era entregue nos primeiros meses de ano letivo, com base nas medidas do ano anterior. No inverno, o tamanho já poderia estar ultrapassado", diz a SME em nota enviada à reportagem.

A legislação atual determina que a prefeitura forneça os uniformes aos alunos da rede pública. Neste ano, contudo, a licitação para a compra das peças foi cancelada, porque pela primeira vez, a prefeitura decidiu testar os produtos. Todas as 20 empresas que participavam da concorrência foram reprovadas. A alternativa foi dar crédito aos responsáveis pelos estudantes.

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