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Prefeitura de SP autoriza volta às aulas só do ensino médio em novembro

O retorno do ensino fundamental e infantil será definido somente no meio de novembro. A decisão é válida para as redes municipal, estadual e privada

 (Amanda Perobelli/Reuters)

(Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 12h44.

Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 15h23.

A prefeitura de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira, 22, que vai autorizar a volta às aulas presenciais a partir do dia 3 de novembro somente para alunos do ensino médio na cidade. O retorno do ensino fundamental e infantil será decidido no dia 17 de novembro e há a possibilidade que seja só em 2021. A pandemia mexeu com a economia e os negócios no mundo todo. Venha aprender com quem conhece na EXAME Research.

A decisão é válida para as redes municipal, estadual e privada da capital paulista. O retorno é facultativo. Desde o dia 7 de outubro estão permitidas apenas atividades extracurriculares, como aulas de reforço e de língua estrangeira. Nesta data também foram liberadas as aulas do ensino superior na cidade.

O governo de São Paulo já autorizou o retorno às aulas presenciais desde o dia 7 de outubro, mas deixou a regulamentação sob responsabilidade das prefeituras. A capital paulista está na fase 4 verde do Plano São Paulo a diretriz do governo estadual para a quarentena com uma escala que vai de 1 vermelha até 5 azul.

O que motivou a medida da prefeitura foi a realização de censo que tem como objetivo identificar quantas pessoas da comunidade escolar já tiveram a covid-19. A meta é testar 779.000 alunos e professores da rede municipal de ensino, mas somente 65.400 foram testados durante o mês de outubro de forma voluntária. Deste total, 13% já foram infectados com o coronavírus.

A partir do dia 4 de novembro a prefeitura vai ampliar a testagem. Os testes não serão obrigatórios.

"A retomada é voluntária para os pais e deve seguir os protocolos sanitários já estabelecidos. Para quem volta, o primeiro acolhimento será uma prova para medir o que foi assimilado durante o período e definir, em conjunto com a rede, as estratégias de reforço pedagógico. Vamos chamar para dentro da sala de aula apenas os professores que estejam imunizados", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).

Estudo mostrou que 16% das crianças de SP já tiveram a doença

Além deste censo da covid-19 específico da rede municipal, a prefeitura fez um inquérito sorológico para mostrar quantas crianças na cidade já tiveram a doença. A pesquisa mostrou que 16% das crianças foram infectadas pelo coronavírus, o que dá um valor aproximado de 236.000 na faixa de 4 a 14 anos. A testagem foi feita em cerca de 10.000 alunos da rede pública e privada de ensino entre os meses de agosto e setembro.

Paralelamente a estas duas testagens, a capital paulista ainda faz uma outra em que quer identificar o tamanho da pandemia de covid-19 na cidade de São Paulo entre adultos. No começo de outubro foi divulgada a penúltima fase de testes de um total de nove que mostrou uma prevalência de 13,6% entre adultos. Ou seja, significa que pouco mais de 1,6 milhão de pessoas já tiveram a doença.

 

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